Uma cidade que ganha cada vez mais prédios: crescimento vertical de Moc é elogiado pelo inspetor de arquitetura do Crea

Jornal O Norte
Publicado em 29/05/2006 às 12:04.Atualizado em 15/11/2021 às 08:36.

Samuel Nunes


Repórter


samuelnunes@onorte.net



Montes Claros é a quinta cidade em importância de Minas Gerais, influenciando municípios do Norte do estado e Sul da Bahia. É também o segundo entroncamento rodoviário nacional, mantendo sua tradição da época dos tropeiros. Em conseqüência da localização estratégica da cidade, é grande o fluxo de veículos oriundos dos quatro cantos dos país. Alguns desses veículos descarregam mercadorias de todos os tipos na cidade, trazendo com isso desenvolvimento do ponto de vista econômico para Moc.






(foto: Wilson Medeiros)



Outro ponto que merece destaque é quanto ao desenvolvimento da educação, com a vinda de várias faculdades permitindo com isso o ingresso de muitos jovens a ter o privilégio do saber acadêmico. Outra característica marcante de Moc são os seus montes que proporcionam uma estética bonita e diferenciada à cidade, que também é considerada a princesa do Norte. E por falar em montes é possível, do alto de algum deles, avistar uma bela paisagem, que demonstra a vinda do crescimento e do progresso a Moc. A bela paisagem é relativa à considerável quantidade de prédios existentes na cidade e principalmente os que estão em construção.



CUSTO DEFINIDO



Ouvido por O Norte na manhã de ontem, sexta-feira, o inspetor de arquitetura do Crea - Conselho regional de engenharia e arquitetura, Denílson Caldeira Rocha, diz que, na realidade, é grande o número de prédios em construção na cidade, uma vez que isso é provocado pela necessidade que as pessoas têm de adquirir apartamentos a preço de custo definido. Ele lembra que a aquisição desses apartamentos é pelo financiamento da própria construtora ou via Caixa Econômica Federal ou um outro banco.



- É importante a construção de prédios para o desenvolvimento da qualidade urbana da cidade; quando existe um crescimento vertical, isso quer dizer que o poder e a renda local estão em crescimento - diz Denílson.



Outro importante ponto analisado pelo arquiteto é quanto ao crescimento urbano da cidade. Ele lembra que há 10 anos um numero de casas na cidade, para dar o chamado acabamento, era considerável. Hoje, a realidade é outra. Denílson Caldeira afirma ainda que essa cultura de construção de prédios na cidade é movida pelo contingente considerável de estudantes de faculdades provenientes de outras cidades. Ele explica que até pouco tempo as famílias de outras cidades traziam seus filhos para estudar em Moc e pagavam aluguel. No entanto, hoje o que acontece é que as famílias estão dando preferência para a compra de apartamentos. Com isso cresce de maneira significativa o número de prédios em construção na cidade. Outro fator apontado por Denílson é quanto à vinda de empresas para a cidade que, além de gerar empregos para o cidadão, provoca de maneira positiva o crescimento vertical, ocasionando também a aquisição de apartamentos por parte de funcionários que vêm de outras localidades e conseqüentemente a construção de prédios.



NÍVEL BAIXO



O inspetor do Crea afirma ainda que o órgão se reúne de 15 em 15 dias para analisar os processos de fiscalização dos prédios na cidade. Segundo ele, o que acontece é que o nível de processos para as obras é baixo. Ele afirma que os problemas maiores são com construções menores ou aquelas que estão, do ponto de vista do Crea, de maneira ilegal. Denílson aborda outra questão considerada como importante no quesito segurança. A referência são aquelas construções de porte menor, que ele exemplifica ao dizer que uma pessoa decide construir uma casa e, passado algum tempo, resolve construir um segundo pavimento. Essa construção, de acordo com Denílson, tem que está com um projeto aprovado junto à prefeitura e também com um registro no Crea. Ele ressalta que qualquer trabalho ou serviço de engenharia tem que ter acompanhamento de um técnico.



– Na maioria das vezes essas construções podem não ter qualquer tipo de problema mas, se ocorrer um problema, quem será o responsável? - pergunta Denílson.



Ele acrescenta que o Crea conta com apenas um fiscal para as obras e que em um futuro próximo à entidade vai contar com três fiscais. Denílson Caldeira Rocha salienta ainda que é preciso uma melhor divulgação do Crea no sentido de melhorar o marketing da entidade e também divulgar melhor a legislação, no que concerne às construções para, com isso, proporcionar um retorno para a população. Uma dica importante é dada por ele: a colocação de andaimes, telas de proteção e capacetes nos homens que trabalham nas construções. Ele afirma que, para construções com até 50 homens, é necessária a presença de um técnico em segurança do trabalho; já para construções que empregam mais de 100 homens, é preciso a presença de um engenheiro de segurança do trabalho.

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