Aumento contraria expectativa das
empresas, que já contavam R$ 1,70
Da Redação
Contrariando cálculos feitos pela ATCMC – Associação das empresas de transporte coletivo de Montes Claros, que representa a Transmoc e a Alprino, indicando para R$ 1,70 o novo preço da tarifa, a Transmontes chegou à conclusão de que o bilhete não pode ser superior a R$ 1,35. A decisão foi anunciada na manhã de ontem pelo presidente da empresa, José da Conceição Santos, em entrevista exclusiva a O Norte, na ante-sala da câmara municipal.
José da Conceição só aceita aumento maior se forem
abertas todas as planilhas (foto: Wilson Medeiros)
Segundo ele, os cálculos realizados por sua equipe resultaram numa planilha que indica o preço para algo em torno de R$ 1,40 ou um pouco menos.
- Nós não podíamos arredondar para cima...
Daí optar-se por R$ 1,35, que representa um aumento de caixa para cada empresa em torno de R$ 100 mil. José da Conceição diz que só aceita discutir um reajuste superior a esse se forem abertas as planilhas dos dez anos de concessão do serviço de transporte coletivo urbano de Moc.
O presidente da Transmontes diz, ainda, ter conversado com diretores da Alprino e da Transmoc, que não concordaram com o aumento sugerido.
- Eu não tenho outra saída e não vou sugerir outro valor – disse a eles José da Conceição.
A solução encontrada pela Transmontes para acabar com as dúvidas foi a realização de uma perícia judicial, nos próximos dias. Diz José da Conceição que a tarifa de Moc é a menor de Minas Gerais, só se equiparando à de Teófilo Otoni, que é de R$ 1,35 há um ano.
Mas só aceita rediscutir o assunto se a perícia judicial comprovar que há incorreções na planilha, pois está há apenas 60 dias à frente da Transmontes. O decreto estabelecendo a tarifa de R$ 1,35 deverá ser publicado nas próximas horas pelo departamento jurídico da prefeitura, para vigora antes do carnaval.
(*) Leia a entrevista completa concedida ao repórter Reginauro Silva na edição de amanhã de O Norte.
