Em novembro de 2009, a pesquisa de variação de preços realizada pelo Setor de Índice de Preços ao Consumidor - IPC - do Departamento de Economia da Universidade Estadual de Montes Claros registrou, para as famílias com rendimentos entre um e seis salários mínimos, índice de 0,76 pontos percentuais. Com esse resultado, o acumulado no ano é da ordem de 4,96 pontos percentuais.
Para realizar a pesquisa da cesta básica, o IPC-Moc baseia-se na composição dos principais grupos alimentícios definidos pelo Decreto-lei 399, de 30 de abril de 1938, única legislação referente ao assunto em vigor no país, que define os produtos e as quantidades ideais que um trabalhador adulto deve consumir, durante o mês, para produzir como força de trabalho.
O trabalhador local, com renda bruta de R$ 465,00, utilizou, em novembro de 2009, 40,44% de seu salário para a compra dos treze produtos que compõem a cesta básica em suas respectivas quantidades. Essa cesta custou ao trabalhador R$ 188,06 em oposição a R$ 189,97 de outubro de 2009.
Após a aquisição da Cesta Básica restaram ao trabalhador R$ 276,94 para as demais despesas, como moradia, saúde e higiene, serviços pessoais, lazer, vestuário e transportes.
Com relação às horas trabalhadas no mês de novembro de 2009, foi necessário ao trabalhador despender de sua jornada de trabalho mensal 97 horas e 17 minutos, em oposição às 98 horas e 20 minutos do mês anterior, para adquirir os alimentos básicos à sua subsistência.
Dentre os treze produtos que compõem a cesta básica, as principais variações negativas ocorreram nos preços dos seguintes produtos: feijão, -25,45%; banana caturra, -6,05%; carne bovina, -2,02%; café, -1,49, e açúcar, -0,49%.
A batata apresentou variação positiva de 14,46%; a margarina, 7,89%; o óleo de soja 7,65%; a farinha de mandioca, 0,84%; e, o pão-de-sal, 0,07%.
Vale ressaltar que o leite tipo C, o arroz e o tomate mantiveram seus preços estáveis no mês de novembro de 2009.