Secretaria promove a II Semana de prevenção à AIDS

Jornal O Norte
Publicado em 06/06/2006 às 09:52.Atualizado em 15/11/2021 às 08:37.

Iran Ferreira


Repórter


onorte@onorte.net



Portador do vírus HIV, Silvano (nome fictício) convive com a doença há mais de dois anos. Com 20 anos de idade, diz que descobriu que tinha aids aos 18, quando foi fazer um exame de rotina:


- Nunca tinha transado sem camisinha. Aconteceu a primeira vez, a segunda, a terceira. Depois descobri que estava com a doença.



Hoje, ele consegue viver normalmente, mas, segundo ele, o preconceito ainda é grande:



- Quem sabe que você tem a doença não quer nem chegar perto. Tinha muitos amigos, hoje que eles sabem que estou doente, são poucos que vêm me ver.



E para conscientizar a população sobre os riscos da aids, a secretaria municipal de Saúde  realiza  a II Semana municipal de prevenção à DST/Aids.



ABERTURA



Na abertura do evento, que aconteceu ontem, segunda-feira, nas dependências do Centro cultural Hermes de Paula, a coordenação do programa municipal DST/HIV/Aids promoveu o primeiro seminário,com abordagem sobre o tema. Na pauta do seminário foram discutidas conferências que trataram sobre diversos assuntos, dentre os quais o enfrentamento do poder público e sociedade, face à gravidade da doença e do alastramento em todo o país.



Hoje, o seminário tem prosseguimento no auditório das faculdades Pitágoras, durante toda a manhã.



PALESTRA



Com o tema perfil epidemiológico da síndrome de imunodeficiência adquirida no Brasil, o médico epidemiologista Gerson Fernando Mendes, chefe da unidade de informação e vigilância do programa nacional de DST/Aids, do ministério da Saúde, realiza uma palestra cuja abordagem enfatizará a importância da participação do poder público municipal no enfrentamento à grave situação da doença no país, ressaltando a necessidade do envolvimento da sociedade, sobretudo no que concerne ao caráter preventivo do programa.



MESAS REDONDAS



E ainda no segundo dia do I seminário, serão realizadas mesas redondas com abordagem e debates sobre os seguintes temas: A aids hoje, aspectos psico-sociais do acolhimento e aconselhamento em DST/HIV/Aids (Psicólogo Antônio Carlos Ferreira), aids e preconceito (socióloga Fernanda Veloso Lima), poder público e aids (secretário municipal de Saúde, João Batista Silvério), aspectos clínicos e epidemiológicos das DSTs prevalentes no nosso meio (moderação da Dra.Eliana Maia), hepatite B e C : desafios do milênio (Dra. Cláudia Biscotto), A epidemia do HPV (Dr. Hubert Caldeira) e abordagem sindrômica das DSTs (enfermeira Ana Paula Holzmann).



PREVENÇÃO



A II semana municipal de prevenção às DSTs/HIV/Aids será realizada, em todas as unidades do programa de saúde da família, unidades básicas de saúde e policlínicas, com atividades diversas de educação em saúde, atendimento, e palestras que terão como principal enfoque, a prevenção.



Segundo relatório divulgado pela coordenação da II semana, em todo o mundo, só em 2005, cerca de cinco milhões de pessoas contraíram o vírus HIV e mais de três milhões de pessoas morreram de doenças relacionadas à aids. Desse total, mais de 500 mil eram crianças.



MONTES CLAROS



Em Moc, temos um total de 621 pessoas maiores de 13 anos em tratamento no Sae – Serviço de assistência especializada, das quais 289 estão em uso de terapia anti-retroviral. 38 crianças HIV positivo encontram-se em acompanhamento, sendo que 17 delas também fazem uso da terapia anti-retroviral.



Ainda segundo dados da coordenação, a relação heterossexual é a principal via de transmissão. O grupo etário mais atingido está entre 25 e 39 anos, e a freqüência de casos de aids em mulheres vem crescendo consideravelmente, à razão de dois homens para cada mulher. O alerta é de que a epidemia de aids vem mostrando que todos têm de se prevenir.



AIDS



A aids é uma doença que se manifesta após a infecção do organismo humano pelo Vírus da Imunodeficiência Humana, mais conhecido como HIV. A aids não se manifesta da mesma forma em todas as pessoas. Entretanto, os sintomas iniciais são geralmente semelhantes e, além disso, comuns a várias outras doenças. São eles: febre persistente, calafrios, dor de cabeça, dor de garganta, dores musculares, manchas na pele, gânglios ou ínguas embaixo do braço, no pescoço ou na virilha e que podem levar muito tempo para desaparecer. Com a progressão da doença e com o comprometimento do sistema imunológico do indivíduo, começam a surgir doenças oportunistas, tais como: tuberculose, pneumonia, alguns tipos de câncer, candidíase e infecções do sistema nervoso (toxoplasmose e as meningites, por exemplo).

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