Ana Maria Santos
Colaboração para O NORTE
No dia 15 de maio é comemorado em todo o Brasil o Dia Nacional de Controle da Infecção Hospitalar. Para marcar a data, o SCIH-Serviço de Controle de Infecção Hospitalar da Santa Casa preparou uma série de atividades voltadas para os colaboradores, pacientes e acompanhantes, visando a conscientização sobre as medidas preventivas e cuidados necessários para evitar complicações no estado de saúde dos pacientes internados.
De acordo com a infectologista Cláudia Diniz, coordenadora do Serviço de Controle de Infecção, a adoção de medidas simples, como a correta higienização das mãos, observadas pelo corpo clínico e acompanhantes, atua como instrumento no bloqueio à disseminação de microorganismos, e podem reduzir de forma significante os níveis de infecção no ambiente hospitalar.
- Os pacientes considerados de maior risco estão mais susceptíveis a contrair uma infecção. Se considerarmos as mãos como principal veículo de contato com as bactérias que habitam a pele, permitindo a transmissão entre pacientes, é preciso enfatizar a importância da lavagem das mãos para a prevenção de qualquer tipo de infecção - ressalta a médica.
PESQUISAS
Ainda de acordo com Cláudia Diniz, os estudos sobre a infecção hospitalar tiveram início no século XIX, na Áustria. Nesse período, mulheres morriam após o parto por terem contraído um mal desconhecido. Na época, pesquisas mostraram que os estudantes de medicina, depois de fazerem autópsias, examinavam as parturientes sem lavar as mãos ou usarem qualquer tipo de proteção, o que levava à infecção. Uma simples medida preconizada, a lavagem das mãos, foi uma das soluções encontradas para diminuir o número de mortes.
Com a descoberta dos antibióticos, os médicos achavam que as infecções estariam extintas, porém, o abuso na sua utilização selecionou germes resistentes, tornando mais grave o problema. A única maneira de amenizar esse mal é controlar e principalmente prevenir as infecções, coordenados por uma Comissão de Controle de Infecção Hospitalar, que embora seja uma exigência legal, é encontrada em menos da metade dos hospitais brasileiros de acordo com levantamento realizado pelo próprio ministério da Saúde.