Cidade

Rotina alterada próximo a prédio evacuado

Comércios locais reclamam de prejuízos; motoristas alegam má conduta da Mctrans

Márcia Vieira
marciavieirayellow@yahoo.com.br
Publicado em 10/04/2024 às 21:31.
Base de operação foi montada em um bar. Expectativa é de que o estabelecimento volte a funcionar no final de semana (MÁRCIA VIEIRA)

Base de operação foi montada em um bar. Expectativa é de que o estabelecimento volte a funcionar no final de semana (MÁRCIA VIEIRA)

Desde segunda-feira (8), moradores nos arredores dos bairros Cândida Câmara, Funcionários e São Luiz tiveram suas rotinas alteradas devido a uma ocorrência no Edifício Roma, situado na confluência da Rua Cassimiro de Abreu com a Avenida Mestra Fininha. Para garantir a segurança, o Corpo de Bombeiros isolou a área em um raio de 60 metros, o que resultou na paralisação das atividades comerciais.

Na área de interdição, está a cervejaria de propriedade de Diego Fróes. Nos últimos dois dias, ele deu folga aos funcionários e diz que a construtora ainda não se posicionou. “Cancelei a programação de sexta, já havia contratado músicos e, infelizmente, sem um posicionamento e com a rua fechada, não vamos funcionar”. 

O Bar Jiló, cedido como base de apoio as forças de segurança, está com as vendas paralisadas, mas a proprietária, Maria Cecília Corrêa, mantêm funcionários no local para dar assistência a operação dos Bombeiros. “Tem comida, tem água. Tudo que eles estão precisando no momento, está disponível”. 

O bar participa do evento “Comida di Buteco” e depende da avaliação do público. O imprevisto implica diretamente na situação e reflete na parte financeira. “Fica complicado, a gente está tendo prejuízo, desde o almoço que a gente serve também para empresas, almoço que serve aqui no próprio restaurante, delivery, IFood, tudo paralisado”, lamenta Cecília, revelando que, nas noites de quarta e quinta-feira, as vendas chegam a R$ 15 mil, e nos finais de semana, ultrapassam esse valor.

Para ela, o momento agora é de ajudar e depois ver como fica. “Se vai ser arcado pela empresa todos esses prejuízos que a gente está tendo, via amigável ou se via judicial. Como cidadã, como empresa, temos que ajudar o município. Os moradores são nossos clientes, então, no primeiro momento, quando o prédio teve que ser evacuado, eu dei o apoio aqui com água, banheiro, porque eles não podiam voltar para casa”. A expectativa de Cecília é que até a próxima quinta-feira (11) o bar retome o controle do espaço e se organize para abrir no final de semana. 

Com a interdição de parte da Av. Mestra Fininha, o movimento das ruas adjacentes, especialmente na Raul Corrêa, multiplicou. E as reclamações também. Motoristas afirmam que a Mctrans está aproveitando de um momento de fragilidade para efetuar multas. “Não vi Mctrans orientando ninguém, mas vi aplicando multas. Está muito confusa a rua e complicado para chegarmos em casa”, afirma o morador da Cassimiro de Abreu, cujo acesso só é possível pela rua principal. 

Em comunicado, a MCTrans emitiu que “ as informações divulgadas em um vídeo que circula na internet, não condizem com a verdade. Devido ao problema ocorrido em uma edificação localizada próximo à região, os órgãos responsáveis, solicitaram, como medida emergencial, a alteração da sinalização da área afetada para garantir a segurança e fluidez do trânsito na Avenida Mestra Fininha e seu entorno. Os agentes estavam presentes para orientar os condutores, e nenhuma autuação foi emitida”.

Até o momento do fechamento desta edição, não obtivemos retorno da construtora Turano, responsável pela obra. Segundo informações do Corpo de Bombeiros, o laudo será emitido pelos engenheiros assim que o trabalho das escoras for concluído. Entretanto, ainda não há previsão para essa finalização. 

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