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Terça-Feira,15 de Julho

Rodoviária de MOC e Mercado pedem mais atenção

Terminal está em reforma; prefeitura não tem ainda interessados para obras no entreposto

Márcia Vieira
Publicado em 05/04/2022 às 00:16.Atualizado em 05/04/2022 às 10:20.

A reforma do Mercado Municipal, que está na pauta de cobranças dos vereadores desde o ano passado, segue indefinida. Nenhuma empresa se interessou ainda por realizar a obra após o lançamento do edital de licitação. Enquanto novo pregão está em andamento, comerciantes encaram desafios diários. 

Guilherme Jansen, proprietário de restaurante no local que ganhou fama nacional ao vencer uma das edições do concurso gastronômico Comida di Buteco, clama por melhorias no espaço a fim de manter a clientela, já bastante enxuta por conta da pandemia.

“Além da reforma na estrutura física, cuidados com a pintura, estacionamento e banheiros, precisamos de material humano na limpeza do espaço e produtos para fazer essa limpeza”, cobra. “Continuo ajudando constantemente com detergente, sabão e papel higiênico para os meus clientes. Mas a aglomeração de cães é um problema e, com a sujeira, aparecem ratos. Isso afasta as pessoas”, reforça o empresário, salientando que “falta também um trabalho de divulgação em hotéis”. 

Na Rodoviária o problema é semelhante e uma reforma já começou. Rosália Ribeiro tem uma lanchonete no local desde a fundação do terminal e diz que a reforma foi condição imposta pelos comerciantes para o retorno das atividades, após meses fechados em virtude da pandemia. “Ficamos seis meses sem energia porque houve uma sobrecarga na rede, mas este problema foi resolvido. É um terminal inaugurado em 1980 e o uso constante requer manutenção. Tem goteiras no teto e o principal problema hoje é a falta de segurança. Há presença constante de pessoas que causam perturbação, dormem no local, deixam os banheiros sujos e danificados”, diz a empresária.

“Em todo esse tempo nunca houve uma situação de insegurança como agora. Há alguns anos, o município mantinha uma assistente social no local para fazer uma triagem e identificar quem estava ali por necessidade ou apenas para provocar alguma situação. Quem precisava era encaminhado ao abrigo”, relembra. 

O vice-prefeito Guilherme Guimarães afirmou que serão trocados gradil, piso, banheiros, bem como feita a troca dos guichês e a colocação de uma nova plataforma elevada. “Essa obra foi orçada em R$ 1,3 milhão e é inteiramente custeada pelo município. A expectativa é a de que em seis meses esteja pronta”, disse Guilherme, descartando a privatização do espaço. 

Sobre o Mercado Municipal, afirmou que a licitação é em duas etapas, pois os recursos são provenientes de duas fontes e ambas serão publicadas nos próximos dias. “A licitação da primeira será publicada novamente esta semana, junto com a que vem do convênio com o Ministério do Turismo. O recurso do município corresponde a maior parte (R$ 2,8 milhões) e a do convênio Federal é de R$ 1,8 milhão. Será feita a adequação de toda instalação elétrica, ampliação da cobertura na área externa, reforma dos banheiros e climatiza-ção”, enumerou.

Sobre a ausência de interessados, atribuiu a situação a oscilação de preços provocada primeiro pela pandemia e em seguida pela na Ucrânia. A reforma do Mercado não inclui o Restaurante Popular, anexo ao espaço e atualmente ocioso. Alvo constante de reclamação de comerciantes e moradores, o local tem sido utilizado por usuários de drogas. “Vamos aproveitar o espaço para uma unidade básica de saúde”, afirmou.


 

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