Gleide Selma Silva
Colaboração para O Norte
Equipe médica da Santa Casa de Montes Claros realizou, na última sexta-feira, a primeira implantação de marcapasso em recém- nascido. O bebê , uma menina , corria alto risco de morte , porque as batidas do coração não passava de 50 por minuto. O normal seria 140 a 160 batidas por minuto.
O problema (bloqueio atrioventricular) foi confirmado com a realização de um ecocardiograma, feito pela cardiologista infantil da Santa Casa, Nelma Antunes.
Com a confirmação do problema, uma junta médica formada por obstetras, cardiologistas e cirurgiões cardiovasculares decidiu programar uma cesariana, no momento que houvesse vaga na UTI neonatal, para segurança do bebê.
A cesariana foi realizada um dia antes (quinta-feira). A garotinha nasceu com 37 semanas (ou 8 meses e uma semana), com dois quilos 910 gramas. Na sexta-feira, ela foi encaminhada para o bloco cirúrgico e sob os cuidados dos médicos Flávio Donizete, Fernando Rotatori, Marcelo Maia, e, Nelma Antunes, foi submetida a cirurgia para implantação do marcapasso que durou cerca de uma hora.
No Início da tarde, o bebê que reagiu bem ao procedimento, foi levada para a UTI Neonatal onde passou a ser acompanhada pelo intensivista pediatra Mauricio Marcelo Costa .
No primeiro boletim divulgado no fim da tarde, o médico Maurício informou que o efeito da anestesia já havia passado e a criança estava reagindo muito bem.
Maurício informou que agora os médicos vão investigar quais as causas do bloqueio e definir se o marcapasso poderá ser retirado ou torna-se permanente.
Os pais são de Itacarambi, Norte de Minas. A mãe, que precisou fazer a cesariana, também passa bem.
O bebê deve ficar até amanhã UTI Neonatal e depois, se o quadro dela for estável, será cuidada também por uma fonoaudiologista, que vai acompanhar o processo de alimentação já no berçário.
Dr. Maurício disse que agora a garotinha tem a chance de ter uma vida saudável e normal.
- Antes os bebês com estes problemas eram levado para tratamento em BH. Para casos como este é preciso ter a certeza de que a criança terá uma vaga na UTI, por se tratar de uma cirurgia delicada.
