montes claros

Projeto ajuda protetores independentes de animais

“Casa da Dinda” abriga cães que vivem na rua ou vítimas de maus tratos

Márcia Vieira
Publicado em 19/10/2022 às 23:00.Atualizado em 19/10/2022 às 23:00.
 (ARQUIVO PESSOAL)
(ARQUIVO PESSOAL)

Enquanto as ONGs de proteção animal podem contar com recursos públicos, a realidade dos que trabalham de maneira independente é bem diferente. Mas graças a uma parceria do professor Ruy Muniz com o deputado estadual Osvaldo Lopes, a situação vem sendo transformada na região e os protetores já conseguem viabilizar o amparo aos animais recolhidos nas ruas. 

“Eles precisam de um lar, consultas, exames, medicamentos muitas vezes de uso contínuo e cirurgias. São animais que vivem ou nasceram nas ruas e vítimas de maus tratos. Ao recolher, o protetor passa a ser responsável por ele e tem que arcar com os custos”, explica a protetora Cláudia Bacchi, que desde que se aposentou do serviço público há quatro anos, decidiu dedicar sua vida a causa animal. Com outras duas protetoras elas fundaram a “ Casa da Dinda”, onde, atualmente, residem 20 cães. 

“Além deles eu alimento mais 40 cães de rua, sete em lar temporário e mais sete em casa. O amor pelos animais herdei do meu pai e foi uma opção de vida cuidar deles. Fazemos rifa, pedimos ajuda nas redes sociais, cada um da um pouquinho, tiramos do próprio bolso e vamos levando. O preço da ração subiu muito. Vivemos de ajuda, mas a conta nunca fecha. Os parceiros são essenciais nesse tarefa”, ressalta a protetora. 
 
PARCERIA 
Cláudia destaca, ainda, que os maus tratos a animais têm sido cada vez mais recorrentes e a parceria com o Hospital Veterinário Renato de Andrade trouxe esperança e conforto aos protetores independentes. 

“Queremos que os protetores sejam respeitados pela população. Muitas vezes fazemos o trabalho que é do poder público e ajudamos a salvar os animaizinhos. O projeto é lindo e todos são bem cuidados quando chegam ao hospital. Até doação de medicamentos eles fazem”, explica Cláudia. 
 
PROTEÇÃO NA PRÁTICA 
Mais de 400 animais já receberam atendimentos clínicos, procedimentos ambulatoriais, cirurgias de baixa, média e alta complexidade, internamentos, exames laboratoriais e exames de imagem, de acordo com Lucas Mendes, gestor administrativo do Hospital Veterinário. 

“A demanda maior tem sido por atendimentos voltados ao diagnóstico e controle da Leishmaniose (doença endêmica), seguido pelos atendimentos ortopédicos e pelos procedimentos de esterilização de cães e gatos (castrações). Todos os atendimentos são gratuitos e é necessário um agendamento prévio”, explica o gestor. 

O cadastro do protetor independente é feito pelo Hospital Veterinário da Funorte em parceria com o Núcleo de Práticas Jurídicas (NPJ) da Faculdade de Direto do Centro Universitário Funorte, que analisa a documentação do protetor para verificar enquadramento ao projeto.

Além de assistência à saúde animal, o protetor recebe assistência jurídica e apoio psicológico, em parceria com o NPJ/Curso de Direto e o Curso de Psicologia da Funorte/Fasi, respectivamente.

O coordenador do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) , Geraldo Assis, informou que não há o quantitativo dos animais de rua em Montes Claros, mas o órgão faz apreensões pontuais e semanais destes animais para castração.

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