Rosângela Alves
Colaboração para O NORTE
Numa parceria da Secretaria de Estado de Saúde (SES), da Secretaria de Estado Extraordinária para o Desenvolvimento dos Vales do Jequitinhonha, Mucuri e do Norte de Minas (SEDVAN), aconteceu na sexta-feira, 05, a Oficina de Planejamento das Ações do Programa Sorriso no Campo.
A Oficina relativa a XI etapa, teve carga horária de oito horas e foi ministrada pela Coordenação de Saúde Bucal/SES-MG, no Conselho Regional de Odontologia (CRO) em Montes Claros, onde os participantes puderam obter a compreensão do processo a ser desenvolvido pelo Programa.
Na mesa de honra estavam, Luiz Henrique Maia Santiago, coordenador do Programa Sorriso no Campo, Jacqueline Silva Santos, referência técnica SES, Arnaldo Garrocho, presidente do CRO/MG, Jussara Melo, da CRO/Montes Claros e os secretários de saúde dos municípios de Bocaiúva, Glaucilândia, Capitão Enéas e Belo Vale.
META
O Programa Sorriso no Campo tem como meta identificar e cadastrar 100% das famílias que estão nas micro áreas que deverão ser atendidas nos 40 municípios selecionados.
Tem o cadastro familiar, a estratificação de risco por família e a construção do diagnóstico local como ações específicas prioritárias, processo que será mediado pelos acadêmicos das faculdades de odontologia parceiras.
Após o reconhecimento da região e obtenção dos dados necessários, os cadastrados receberão atendimento odontológico preventivo e curativo gratuito.
Para Luiz Henrique Maia Santiago, “o objetivo é fazer com que aos seis anos de idade a criança beneficiada pelo Programa não tenha nenhuma cárie; o Programa que começou como uma extensão, conseguiu levar ao Governador a importância da saúde bucal”, afirma Luiz Henrique.
O presidente do CRO/MG, Arnaldo Garrocho, disse que “as metas da OMS não têm sido cumpridas” que “existe um aumento do câncer bucal no Estado”, e relembrou a importância de ter o Luiz Henrique e o Sorriso no Campo como parceiros.
Segundo Jaqueline Silva Santos – da Secretaria de Saúde do Estado, disse que, “dados epidemiológicos mostram que 72% dos idosos são desdentados,o Programa Sorriso no Campo não vem para salvar o mundo, a SES está propondo a celebração de um convênio”. Jacqueline diz ainda que, “estamos no processo de construção do qual a saúde bucal é merecedora, e que ”essa uma política que vai impactar de maneira positiva na qualidade de vida de 20 milhóes de brasileiros”.
PARTICIPAÇÃO
Referência técnica de saúde bucal da Gerência Regional de Saúde de Montes Claros (GRS), Dulce Pires, sugere “encaminhar aos gestores a metodologia, como será o operacional do programa e solicitar apoio, partir de um princípio que precisa de reconhecimento de área é uma forma de agilizar e fazer com que funcione”, e compartilha com a opinião da Jacqueline de que “os municípios devem externalizar, formalizar pedidos de assessoria à secretaria”.
Cirurgiões dentistas que participaram da oficina vêem o Programa como um socorro para regiões que tem carência de tudo, como disse Wellington Fagner Soares Santos – coordenador em Mato Verde – residente em ortodontia e pela 2ª vez no programa.
“Estou na expectativa de um resultado positivo, como aconteceu em Catuti”, (quando participou pela primeira vez do programa) “é uma região muito pobre que precisa de ajuda”, diz Wellington.
Lílian Pereira Coelho – cirurgiã dentista formada há dois anos pela Unimontes, é de Monte Azul, trabalha em Mato Verde e já percebeu o maior problema da região, “na zona rural as crianças perdem os dentes muito cedo, por razões diversas que dificultam o acesso aos cuidados, às vezes falta até a escovação”.
A supervisora do Programa Sorriso no Campo Carla Moraes lembra que essa é a primeira oficina com os coordenadores de Municípios – são duas ao ano, em novembro, acontecerá nova oficina preparando as ações para o próximo ano.
Desta vez, a Oficina contou com 47 participantes de 40 municípios, que começam os trabalhos dessa fase em julho próximo.