Samuel Nunes
Repórter
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Senso de humor, criatividade e uma vitalidade invejável aos 80 anos de idade. São estas as principais características de Maria Inês Gonçalves Leite, mãe de sete filhos, que lhe deram 25 netos e 15 bisnetos. Moradora da Rua Rodrigo Alves, centro, ela reúne toda a sua família para as comemorações das festas de natal, e ano novo. Entretanto, o inicio das comemorações se dá nos primeiros dias do mês de dezembro, quando passa, mais de oito horas montando um presépio de quatro metros de comprimento por dois de largura e que fica exposto em um das salas da sua residência.
(fotos: WILSON MEDEIROS)
De acordo com um dos netos, Herbert Timoteo, o material usado para a confecção do presépio, consisti basicamente em papel de jornal, papelão, tinta, areia, tijolo, prego, madeira e, sobretudo, dinamismo e dedicação.
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Maria Inês conta que o primeiro presépio feito por ela, foi em de 1946, e que a partir desta data tornou tradição familiar. – Sou católica praticante, devota de Nossa Senhora Aparecida e Nossa Senhora de Fátima, e é sempre um prazer quando chega esta época do ano. Gosto também dos foliões e das pastorinhas que sempre já visitam a minha casa.
A dona de casa conta também da alegria de ganhar um concurso de melhor presépio realizado na igreja do Rosário. Ela não conseguiu lembrar a data exata desse concurso, porém ela não esqueceu a sensação que sentiu naquela época. O mesmo sentimento do passado se reflete na montagem atual. Para o presépio deste ano foram utilizados mais de mil utensílios, dentre os quais tem um que guardou com carinho. - Uma miniatura de um galo, presente da minha sogra que morreu aos 90 anos. Esta miniatura tem exatos 100 anos é faz parte desta tradição familiar- comenta Maria Inês.
Seguindo a tradição, o presépio é desmontado no dia 08 de janeiro, após as festas de reis. Todos os objetos são recolhidos guardados para o ano seguinte.
