O estudo sobre as alterações gengivais relacionadas a fatores genéticos, desenvolvido pela Unimontes – Universidade Estadual de Montes Claros, no âmbito do Programa de Mestrado em Ciências da Saúde, foi premiado como melhor trabalho científico – modalidade painéis - na 26ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira de Pesquisa Odontológica (SBPqO), realizada em setembro, em Águas de Lindóia (SP). A reunião da SBPqO é um dos principais eventos científicos da América Latina, com aproximadamente cinco mil participantes e dois mil trabalhos científicos apresentados.
O trabalho premiado intitulado Transdiferenciação de miofibroblastos gengivais induzida por TGF-beta1/CTGF é inibida pela superexpressão de Smad7, integra parte da linha de pesquisa sobre doenças genéticas. As atividades de pesquisa são supervisionadas pelo professor Hercílio Martelli Júnior, docente do Programa de Mestrado em Ciências da Saúde e coordenador de Pós-Graduação, da Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação. Conta ainda com a participação dos professores Ricardo Della Coletta e Edgard Graner, da área de patologia e genética da Universidade de Campinas (Unicamp).
Conforme o professor Hercílio Martelli Júnior, as pesquisas sobre as doenças genéticas raras foram iniciadas há mais de 10 anos. No caso específico do estudo apresentado na 26ª Reunião Anual da SBPqO, foram abordados os fatores que promovem o crescimento gengival exacerbado.
- A premiação é um reconhecimento da importância de pesquisas ligadas aos estudos de doenças genéticas ainda pouco conhecidas na literatura científica, afirma Hercílio Martelli Júnior.
Ele observa, ainda, que o trabalho demonstra uma melhor compreensão dos mecanismos que propiciam o crescimento anormal da gengiva em portadores da fibromatose gengival hereditária. O professor Hercílio Júnior esclarece que a investigação científica está em andamento, não sendo possível revelar outros detalhes a respeito.
Ainda de acordo com o pesquisador, como é uma doença rara, por enquanto estão sendo feitos estudos no sentido de conhecer a linha da etiopatogenia. Em outras palavras, explica, ainda estão sendo levantadas as informações sobre a origem e a forma de desenvolvimento da doença hereditária que afeta a gengiva. (Fonte: Agência Minas)