
Na manhã da última quarta-feira (10), em uma coletiva de imprensa realizada no prédio da 11ª Região Integrada de Segurança Pública (11ª Risp), em Montes Claros, a Polícia Civil, por meio da delegacia de homicídios, detalhou o caso que resultou no falecimento de um homem de 45 anos no bairro Santo Antônio em março deste ano. Até o momento, seis pessoas foram indiciadas, e outras três estão foragidas.
O incidente que ocorreu durante o transporte de funcionários de uma empresa credenciada, teve início após o assédio a duas mulheres e culminou em perseguição e agressão brutal, incluindo pedradas na cabeça, chutes e socos, contra uma vítima de 45 anos.
FATOS
Segundo a delegada, o ônibus transitava pelo bairro Santo Antônio quando um dos passageiros assediou duas mulheres, mãe e filha, esta última menor de idade, que passavam pela rua. As mulheres estavam acompanhadas da vítima, que começou a filmar os passageiros do ônibus. Em resposta ao assédio, a vítima lançou uma pedra que danificou o veículo. Isso desencadeou uma série de eventos que resultaram na perseguição e agressão física à vítima, que veio a falecer no dia seguinte devido a um traumatismo cranioencefálico, conforme constatado pelo laudo necroscópico.
“Antes do incidente fatal, que seria a morte da vítima, os agressores haviam registrado um boletim de ocorrência por danos ao veículo no batalhão da Polícia Militar que, até então, ignorava sobre a agressão à vítima”, relata delegada de homicídios, Francielle Drummond.
Após a condução dos agressores à delegacia de plantão, apenas um dos autores teve sua prisão ratificada inicialmente. “No entanto, após uma investigação minuciosa, os cinco autores restantes tiveram suas prisões preventivas decretadas”, conta a delegada.
Além dos agressores principais, a polícia está à procura de outras pessoas envolvidas, incluindo um ciclista e dois motociclistas que colaboraram para conter a vítima durante o ataque. A delegada enfatizou a importância da colaboração da população na identificação dessas pessoas.
Quanto aos seis homens, todos foram acusados de homicídio qualificado, com agravantes como motivo fútil e utilização de meio cruel. A pena pode variar de 12 a 30 anos de prisão. “A investigação continua em andamento, com o objetivo de garantir justiça para a vítima e sua família, e a colaboração daqueles que sabem quem são os responsáveis foragidos é essencial para identificá-los”, finaliza Drummond.