Pároco da Catedral conduz liturgia das horas na cripta

Jornal O Norte
Publicado em 31/03/2010 às 09:01.Atualizado em 15/11/2021 às 06:24.

A catedral metropolitana Nossa Senhora Aparecida oferecerá no tempo pascal, neste ano compreendido entre 05 de abril e 23 de maio, oportunidade aos fieis de conhecer e rezar a liturgia das horas, ou pelo menos parte dela. Nas palavras do pároco, padre Dorival Souza Barreto Júnior, um tesouro da igreja, fonte de vida cristã, de espiritualidade e ação pastoral. Ele próprio, que, desde que assumiu a administração paroquial, em meados de 2002, sempre cultivou o desejo de estimular e popularizar essa prática, é que conduzirá as chamadas laudes (oração da manhã), que iniciam a liturgia das horas. De segunda a sábado, às 7h, e no domingo, às 8h, na cripta, que fica nos fundos do tradicional templo, na Praça Pio XII, centro da cidade. 



Doutor em Teologia Dogmática e professor no seminário Maior Imaculado Coração de Maria e na universidade estadual de Montes Claros, o sacerdote explica que a função da liturgia das horas é conduzir os cristãos a uma progressiva participação no mistério salvífico de Cristo por meio da oração. - A atual liturgia das horas restitui a cada cristão a possibilidade de entrar em contato com uma experiência de oração que é própria da igreja de todos os tempos e de toda a igreja. Rica em conteúdo, aberta, universal, que nos permite tornar nosso, dia após dia, o ritmo de oração da igreja - afirma Padre Dorival Barreto, que, assim, propõe à comunidade paroquial a celebração comunitária da liturgia das horas. Ao contrário do que possa parecer, a liturgia das horas não está reservada somente a padres, diáconos e religiosos, mas a todo o povo de Deus.



- Até porque, a celebração comunitária é momento em que a comunidade toma consciência de sua vocação à oração ininterrupta e de sua vocação a ser sinal profético da vocação de cada ser humano a estabelecer diálogo com Deus para uma existência responsorial - diz.



Destina-se à celebração em determinadas horas do dia. Daí a denominação de liturgia das horas que, atualmente, tem a seguinte composição: laudes (oração da manhã), vésperas (oração da tarde), ofício das leituras (a qualquer hora), terça, sexta, nona (à hora correspondente ou a mais adequada ao momento do dia, como hora média) e completas (ao final do dia). Os elementos são salmo e cânticos, hinos, leituras, responsórios e preces.



Laudes e vésperas constituem o núcleo da liturgia das horas. As laudes evocam a ressurreição de Cristo, luz que ilumina o mundo e que vem do alto nos visitar e nos guiar em nossa vida cotidiana. As vésperas ocorrem quando o dia termina e as primeiras horas da noite avançam.



- Oferecemos ao Senhor, então, o trabalho de nosso dia, transformado em sacrifício espiritual de ação de graças. Estabelece uma relação entre os temas cósmicos e os mistérios da salvação - afirma.



Padre Dorival Barreto diz que a constituição apostólica laudis canticum (o cântico de louvor), do Papa Paulo VI, diz que a santificação do dia, por meio da liturgia das horas, ajuda a formar comunidades orantes. Por isso, ele recomenda a recitação comum dos sacerdotes, religiosos, leigos e inclusive famílias, em especial nas laudes e nas vésperas.



Trata-se de um momento salvífico, quando nós, batizados, exercemos nela nosso sacerdócio.



- Como em Cristo a oração foi sempre um acontecimento salvífico, também nossa liturgia das horas, enquanto sacramento da oração de Cristo, é um acontecimento salvífico em ato. Nossa oração transforma-se numa oração salvífica no duplo movimento de santificação dos homens e glorificação a Deus - finaliza. (Fonte: Ascom Catedral)

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