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‘Operação Destino’ desarticula quadrilha de veículos clonados

Polícia prendeu três suspeitos e apreendeu 11 carros durante uma ação em Montes Claros

Leonardo Queiroz
leonardoqueiroz.onorte@gmail.com
Publicado em 09/07/2024 às 20:07.
Um dos suspeitos, que já vinha sendo investigado pela Polícia Civil desde 2020, foi preso durante a ação em Montes Claros (DIVULGAÇÃO)

Um dos suspeitos, que já vinha sendo investigado pela Polícia Civil desde 2020, foi preso durante a ação em Montes Claros (DIVULGAÇÃO)

Na última segunda-feira (8), a 4ª Delegacia Distrital de Montes Claros deflagrou a Operação Destino visando desarticular uma associação criminosa voltada para introdução de veículos clonados em Montes Claros, Norte de Minas. Três homens foram presos: um de 34 anos de São João da Ponte, e dois de 32 e 29 anos de Montes Claros. Ao todo, onze veículos foram apreendidos.

As investigações apontaram que estes veículos clonados eram dados como garantias de empréstimo perante possíveis agiotas e que se estava diante de uma associação criminosa bastante articulada e com uma clara divisão de tarefas.

Segundo a Polícia Civil (PC), o investigado principal trazia veículos de origem ilícita de outros estados e cidades mineiras já com seus sinais identificadores alterados e com a placa fria e, quando chegavam a Montes Claros, eram dadas as destinações.

Segundo o delegado Diego Flávio Carvalho, o inquérito apontou que, conforme a conveniência do grupo criminoso, eram dadas destinações distintas aos veículos e o foco foram os veículos que eram dados como garantia perante os empréstimos obtidos com possíveis agiotas da cidade. “As perícias realizadas pela Polícia Civil identificaram quase todos os veículos e apenas um que não foi identificado. Até então, cinco destes veículos foram furtados ou roubados no estado do Rio de Janeiro. Outros foram furtados e roubados em Belo Horizonte, Contagem e São Paulo”, diz o delegado. 

“Um dos investigados já é um velho conhecido da 4ª Delegacia Distrital, onde já é investigado desde 2020 e notamos que ele passava a mudar seu modo de agir conforme a conveniência e conforme fosse mais lucrativo para ele. A equipe de investigações da 4ª Delegacia tomou ciência de que ele estava dando essa destinação como garantia de empréstimos perante agiotas, onde no mês de outubro se iniciou a apreensão dos veículos” completa o delegado. 

Inicialmente, dois carros foram aprendidos com um possível agiota e, semanas depois, dois outros carros foram apreendidos com outros dois possíveis agiotas. A associação criminosa verificou que essa destinação não estava dando mais certo, onde passaram a tentar dar outro tipo de destinação. Durante as investigações, outros seis veículos foram apreendidos, todos eles de origem ilícita e com sinais de identificadores adulterados e placas frias.

Os três investigados identificados pela investigação tratam-se de um homem de 34 anos natural de São João da Ponte sendo o investigado principal e responsável pela introdução de veículos clonados em Montes Claros podendo apontar inclusive que se trata da principal figura de receptação de veículos em Montes Claros. 

O outro homem de 29 anos era um despachante da cidade que conferia credibilidade a essas transações realizadas pelo grupo criminoso; e o terceiro investigado preso era responsável por se dirigir até o possível agiota com o veículo de origem ilícita e ali angariava o empréstimo.

“Não se pode apontar que esse trio tenha participação nos furtos e roubos de veículos e é importante destacar a importância dessas prisões porque essa associação criminosa sediada em Montes Claros acaba fomentando furtos de veículos e roubos em diversas partes do país. A investigação continua, os investigados foram indiciados e se encontram à disposição da justiça, foram realizados os cumprimentos das prisões preventivas na data da última segunda-feira (8) e a investigação continua para identificar possíveis envolvidos” finaliza o delegado Flávio.

Os três suspeitos vão responder pelo crime de associação criminosa, que tem pena de um a três anos, receptação qualificada de dois a oito anos, estelionato de um a cinco anos e adulteração de sinal identificador que dá uma pena de dois a oito anos.

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