Lamentavelmente, motivos alheios à minha vontade impediram o meu comparecimento às solenidades alusivas à comemoração dos 45 anos de criação e profícua existência de nossa Unimontes – Universidade Estadual de Montes Claros, instituição com a qual, ao tempo da então Fundação Norte Mineira de Ensino Superior – FUNM, tive o privilégio de proveitoso convívio na condição de aluno, professor e assessor administrativo de uma das unidades mantidas, e, finalmente, quando no exercício do cargo de reitor; este, por dois mandatos consecutivos.

Nesta breve nota e de maneira extremada desejo, sensibilizado, expressar à toda comunidade universitária e, em especial, ao nosso estimado reitor Paulo César Gonçalves de Almeida, os meus agradecimentos pela dignificante homenagem e pela generosidade das elogiosas referências à minha pessoa.

Sabendo-me ausente e necessitando ser representado, tranqüilizou-me a mais pronta aquiescência da Drª Tânia Raquel Queiroz Muniz, inquestionavelmente incansável batalhadora pela nobre causa da educação em toda a região norte-mineira. Estou certo de haver sido muito bem representado no evento, pelo que desejo também, formular os melhores agradecimentos à ilustre professora Tânia Raquel por sua atenção e impactante presença.

Seres históricos que somos no “vir- a- ser” de nossa “ex-istência” incessantemente devemos nos relacionar e interagir a bem dos valores positivos que transcendem os meramente utilitários, tudo objetivando assegurar, no mundo, melhores perspectivas para o homem. Assim, também por dever de justiça agradeço penhorado a valiosa colaboração que efetivamente recebi por parte de todos os membros da comunidade acadêmica, bem como dos inúmeros setores da sociedade montesclarense e regional.

Sabiamente se diz que: “parceiro de Deus”, o homem produz o mundo e não é produzido por ele, a não ser sob limites decrescentemente elásticos da necessidade”. Tal afirmação destaca o relevante papel que sempre coube à educação, em todos os seus níveis mas com grave responsabilidade para a esfera universitária; - os “tempos serão sempre outros”, numa mutabilidade contínua e assustadoramente veloz. Em decorrência, já há muito não mais se permite à educação “aquela mesmice de produzir o mesmo do mesmo”; contrariamente, impõe-se o esforço pela transformação, o fascinante empenho pelo saber transformatório em lugar do homologarório.

Julgo oportuno registrar, aqui, a emoção que sempre sinto quando constato não ser necessário garimpar muito a história da Unimontes para verificar que não foram vãos os esforços empreendidos por todos. Inúmeras dificuldades, freqüentes desafios e muitas limitações, especialmente de ordem financeira; porém, diuturna dedicação e compensatória superação resultando na maturidade do invejável e harmônico crescimento da entidade. Sem dúvida, a Unimontes não é apenas mais uma instituição universitária no contexto de centenas. A Unimontes tem experimentado seguidos avanços qualitativos e, hoje, bem focada nas inevitáveis mudanças e exigências do futuro, desfruta de muito respeito e, seguramente, já faz parte da vanguarda do ensino universitário em nosso país.

Reiterando agradecimentos pela fidalguia da homenagem, afirmo estar absolutamente convencido de que a nossa Unimontes tem consciência da necessidade de oferecer sempre respostas satisfatórias às prioridades do contexto ao qual pertence, imprimindo em suas atividades acadêmicas forte humanismo no coração da juventude universitária, capaz de assegurar a sobrevivência do homem, com bem melhor qualidade de vida.

É com sentimento de especial satisfação que destino minhas últimas palavras ao amigo e reitor Professor Paulo César Gonçalves de Almeida afirmando que a Unimontes está sendo muito bem capitaneada em seu processo de contínuo, sábio, adequado e eficaz desenvolvimento. Como corolário e em busca de integral e sustentável desenvolvimento, pode-se vaticinar mais próximo e promissor desenvolvimento que mais interesse à região de Montes Claros, a Minas e ao país.

Raimundo Rodrigues Avelar