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Quinta-Feira,21 de Novembro
Falsidade ideológica

Mulher de 24 anos é presa suspeita de vender atestados médicos falsos em Montes Claros

Da Redação
Publicado em 13/08/2024 às 21:22.

Durante as buscas foram apreendidos mais de R$ 5 mil em espécie (PCMG/Divulgação)

Nessa terça-feira (13), a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) prendeu em flagrante uma mulher de 24 anos no bairro Alterosa, em Montes Claros. A detenção ocorreu durante a execução de um mandado de busca e apreensão em sua casa, onde foram descobertos atestados médicos falsificados. Além da jovem, outros dois indivíduos também foram presos. O grupo pode ser acusado de associação criminosa, adulteração de documentos públicos e particulares, e falsidade ideológica, conforme suas responsabilidades nos crimes.

As investigações tiveram início após a equipe de Operações Especiais do 11º Departamento de Polícia Civil em Montes Claros identificar uma associação criminosa que fornecia atestados médicos falsificados para funcionários de empresas públicas e privadas.

Durante as buscas no imóvel foram apreendidos mais de R$ 5 mil em espécie; carimbos em nome de médicas com número do Conselho Regional de Medicina (CRM); vias em branco de papel timbrado de um posto de saúde municipal aptas para preenchimento; cópia de um exame de gravidez, possivelmente falsificado, e telefones celulares. 

CRIME
Segundo levantamentos, o serviço era amplamente anunciÆado em redes sociais e em publicidade impressa que eram afixadas perto de unidades de saúde, pontos de ônibus e locais de grande circulação de pessoas.

As investigações apontam que a negociação ocorria por meio de aplicativo de mensagens no qual os envolvidos combinavam valores, conforme a complexidade e a quantidade de dias em que os atestados deveriam ser preenchidos. Após o acordo, os pagamentos eram realizados por meio de PIX ou dinheiro. 
 
APURAÇÕES
O delegado Cezar Salgueiro explica que os valores dos atestados falsificados divergiam entre R$ 60 e R$ 140. “Os valores pagos variavam conforme a quantidade de dias. Mais dias, mais caro. Os adquirentes justificavam os dias não trabalhados com o documento falso. Apuramos, também, uma grande demanda na contratação destes atestados”, afirmou.

Segundo Salgueiro, mais dois suspeitos foram identificados. A suspeita confessou seu envolvimento e explicou a sua função no grupo. “O trio se uniu para cometer os crimes em troca de vantagem financeira. Eles teriam iniciado a fraude no início do ano de 2024”, explicou o delegado.

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