Samuel Nunes
Repórter
Na manhã de ontem, das 4h50 às 5h30, motoristas e cobradores da empresa Alprino deflagraram, em frente à garagem da empresa de transporte, paralisação de advertência por cerca de 40 minutos, por causa de atrasos no pagamento de salário e questões relativas ao momento por que passa o transporte coletivo urbano de montes claros.
De acordo com o presidente do sindicato dos trabalhadores em transporte rodoviário de Montes Claros e do Norte de Minas, Antônio Roberto Guedes, o Peu, os reflexos negativos vivenciados pela população com a implantação do sistema integrado têm respingado de certa forma em motoristas e cobradores de ambas as empresas, Alprino e Transmoc, que não estão tendo tranquilidade para desenvolver as suas atividades. Quanto aos salários, Peu afirma que já foram realizadas cinco rodadas de negociação para discutir a data base, sem se chegar a um acordo.
(XU MEDEIROS)
Antônio Roberto Guedes afirma que houve paralisação
de 40 minutos em frente à garagem da empresa Alprino.
A reportagem esteve no local e conversou com alguns motoristas da Alprino, que preferiram não se identificar, mas confirmaram a paralisação. Moradores dos bairros JK, Renascença, Esplanada e bairros adjacentes que chegam cedo ao trabalho reclamaram dos transtornos causados pela breve paralisação.
De acordo com o presidente do sindicato dos trabalhadores em transporte rodoviário, os funcionários da Alprino cobram o pagamento do vale, que geralmente é feito no dia 20. O sindicalista afirma que uma reunião entre o sindicato e representantes da empresa foi realizada na manhã de ontem, mas não se chegou a um denominador comum. Diz ainda que, diante dos impasses surgidos, se não houver um consenso entre as partes envolvidas, o sindicato avaliará qual caminho ou direção tomar.
Questionado sobre a denúncia recebida pela reportagem de que há motoristas da Alprino trabalhando por até 12 horas seguidas, Antônio Roberto Guedes afirma que, de acordo com o departamento jurídico da empresa, foi pedido na justiça um prazo de 30 dias para regularizar a situação, principalmente devido à atual situação do transporte coletivo urbano com a implantação do sistema integrado.
Segundo Antônio Roberto Guedes, os motoristas estão trabalhando 10 horas, ou seja, fazendo 02 horas extras. O sindicalista conclui dizendo que a prefeitura e demais órgãos competentes devem regularizar a situação do transporte coletivo urgentemente.