Manoel Freitas
Repórter
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Além de Montes Claros ter caído de 5° para 6° lugar no ranking dos maiores municípios do interior de Minas, outro dado revelado pela central de cadastro único da prefeitura demonstra, com todos os números, que a cidade aumenta dia a dia sua população que vive na linha da pobreza ou abaixo dela. De acordo com a coordenadora da central, Flávia Oliveira Santos, nada menos do que 34 mil famílias foram cadastradas para participar do Bolsa família, que contempla, com bônus de R$ 15 a R$ 95, pessoas em situação de vulnerabilidade social, ou seja, pobres ou extremamente pobres.
Cadastro na prefeitura: bônus de R$ 15 a R$ 95
atraem centenas de pessoas diariamente
(foto: Manoel Freitas)
Como em média as famílias cadastradas têm cinco pessoas, com renda per capita inferior a R$ 120, o universo do povo que vive na linha da pobreza ou abaixo dela chega a 170 mil habitantes (mais ou menos a metade da população). Em outras palavras, de cada dois montes-clarenses, um não tem renda suficiente para cobrir gastos mínimos de manutenção da vida, como moradia, transporte, alimentação e vestuário. Em alguns casos, as famílias sobrevivem de modo primitivo, passando fome, inchando as favelas e criando uma dívida social impagável.
A coordenadora explica, entretanto, que nem todas as famílias cadastradas têm acesso aos benefícios. Informa que, atualmente, 23 mil famílias recebem bônus através da Caixa Econômica Federal, dentro do Suas – Sistema único de assistência social, que unificou no Bolsa família os programas Bolsa escola, Bolsa alimentação, cartão alimentação e auxílio gás, eixo condutor das ações que visam interromper o ciclo de perpetuação de miséria e emancipar social e economicamente as famílias em situação de risco.