
A Mega Sena pode pagar hoje o quinto maior prêmio da história, se deixarmos de lado os sorteios da Virada. Acumulada há várias semanas, a loteria soma R$ 165 milhões. E o que não falta aos montes-clarenses é esperança para tirar a sorte grande e planos para gastar a dinheirama – apesar de a chance de uma aposta única, de seis dezenas, se tornar a vencedora ser de apenas 1 em mais de 50 milhões de combinações.
O autônomo Lauro Rocha da Silva foi um dos tantos brasileiros que correram para fazer uma “fezinha”. “Nunca ganhei, mas sempre costumo jogar. Quem sabe um dia a sorte sorri para mim”. Se for sortudo, diz, vai ajudar muitas pessoas. “Vou abrir uma ONG para cuidar dos animais abandonados nas ruas”. E também investir. “Em casas e fazendas”, planeja.
De acordo com a gerente da Lotérica Terno de Catopê, o movimento de apostadores aumentou nos últimos dois dias. Ela garante que o estabelecimento é pé quente: “Já tivemos um ganhador que fez 15 pontos na Lotofácil (pontuação máxima) e levou pra casa R$ 687 mil, além de prêmios menores, como quadra da Mega e 14 pontos da Lotofácil. As casas lotéricas da cidade funcionam até as 18h.
Uma aposta de seis números na Mega Sena custa R$ 4,50. No site da Caixa, é possível fazer a combinação das dezenas virtualmente, mas neste caso o valor mínimo é R$ 30 - assim, o apostador pode escolher entre fazer sete jogos, desembolsando por eles R$ 31,50, ou fazer uma aposta maior, com 7 números, gastando a mesma quantia. Quem não gosta de escolher os números pode optar pela Surpresinha, modalidade em que o sistema escolhe as dezenas aleatoriamente – o custo é o mesmo de um bilhete comum.
O sorteio é feito pela Caixa, em geral às quartas e sábados. O ganhador de qualquer quantia tem até 90 dias para retirar a bolada. Passado esse período, a pessoa perde o direito de retirar o dinheiro, que será repassado ao Tesouro Nacional, para aplicação no Fies (Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior).
DE OLHO NO FUTURO
Quem puser a mão na bolada, porém, terá que pensar em uma forma de fazer a grana render.
Para o economista Aroldo Rodrigues, existem três tipos de investidores: o conservador, o moderado e o arrojado. “Por exemplo, se a pessoa for de um perfil mais arrojado, vai procurar investir correndo mais riscos, em renda variável. Se perder 10% do valor não vai desesperar, porque faz parte do jogo. Sabe que oscila e no mês que vem vai ganhar 15%, e o saldo ainda será 5%”. Já os conservadores, explica, se perderem 10% vão lamentar. “O conservador tem medo de investir em coisas que mudam rapidamente”.
Na avaliação do economista, quem pretende comprar dólar tem o perfil mais arrojado. Quem compra terras e imóveis é mais conservador. Ele acredita na diversificação dos investimentos, com compra de moeda estrangeira, terra, ouro, título público, título privado, para render e viver seguro. “Fazendo o balanço dessa carteira ele vai perder em alguns títulos, como, por exemplo, o dólar, que pode cair, mas vai ganhar, por exemplo, se a terra valorizar. Sendo assim, nunca vai ficar sem ganhar”.