Manoel Freitas
Repórter
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O marco das comemorações dos 150 anos de Montes Claros, ou seja, a recuperação dos casarões do centro histórico, formado pelo conjunto de patrimônios tombados pelo município no entorno da Praça da Matriz, está em pedaços. As obras anunciadas também como parte do projeto de transformação da parte velha da cidade num corredor cultural, sofrem com a ação do tempo.
(fotos: Manoel Freitas)
A situação mais lastimável é do antigo prédio da Fafil, que seria transformado em Museu Regional da Cultura, com sala de multimeios, exposições permanentes e itinerantes. É que o casarão, segundo informações da 66ª Cia de Polícia Militar, há muito vem sendo utilizado pela marginalidade, especialmente usuários de drogas.
A ocupação do prédio, que de acordo com projeto em tramitação no Ministério da Cultura seria transformado também em um “café/livraria”, praticamente inviabilizou outro projeto igualmente importante, ou seja, sua adaptação para funcionamento de acervo histórico, artístico e cultural da Unimontes – Universidade Estadual de Montes Claros.
Já o Solar dos Oliveira, considerado um dos mais importantes imóveis do centro histórico de Montes Claros, construído a partir de 1856, teve suas obras de reforma iniciadas em 13 de novembro de 2006, a um custo de R$ 48.105,39. Entretanto, a reforma, que deveria ter sido concluída em 13 de janeiro passado, ainda não tem data marcada para conclusão. Por sinal, na placa da empresa Ébano, Construções e Empreendimentos Imobiliários Ltda., não consta a origem dos recursos, embora esteja estampada, em letras garrafais, o nome da Prefeitura de Montes Claros.
O Casarão da Fafil, que seria transformado em museu, há muito teve suas obras de revitalização paralisadas. Enquanto isto, seu interior, utilizado principalmente por usuários de drogas, está praticamente destruído