Samuel Nunes
Repórter
Portaria n° 018/2009 afixada logo na entrada do shopping popular, que estabelece regulamento para a concessão de permissão de uso e locação a comerciantes ambulantes e microempresários das lojas do shopping popular, tem causado indignação aos lojistas.
(foto: XU MEDEIROS)
Edson Simoneto e Cassimiro Pereira Rocha reclamam
aumento do aluguel e condomínio.
No artigo quinto diz que, a partir da competência 01/2010, os valores das locações de cada loja do shopping popular, nos termos do artigos 3°, 2° e 9° da lei n° 3.639 de 25/08/2006, passarão a obedecer aos seguintes critérios:
I - Lojas do 1° pavimento – R$ 220,00 (duzentos e vinte reais)
II - Lojas do 2° pavimento – R$ 160,00 (cento e sessenta reais)
III - Lojas do 3° pavimento – R$ 120,00 (cento e vinte reais)
IV - Lojas do 4° pavimento – R$ 100,00 (cem reais)
O decreto diz ainda que os valores dos aluguéis das lojas terão reajustes anuais, utilizando o índice do IGPM - índice geral de preços do mercado. Diante da situação, lojistas do shopping popular reclamam do aumento no valor de condomínio e aluguel das lojas. Principalmente os do primeiro pavimento, onde, de acordo com Edson Simoneto, o valor pago de aluguel e condomínio será de R$ 380,00. Cassimiro Pereira Rocha, lojista do primeiro piso, afirma que ele, juntamente com outros lojistas, não tem a mínima condição de pagar aquele valor.
- O apelo que faço é para que os valores sejam reduzidos – pede.
Rosalina da Silva Pereira, lojista, afirma que, diante do aumento registrado, está pensando até mesmo em vender a loja. Afirma não ter condições de comprar mercadoria e ter que pago um valor considerado alto de aluguel e condomínio.
O NORTE entrou em contato com o gerente administrativo do Prevmoc, Tone Câmara, que diz que o shopping está passando por uma reforma e é para o bem dos lojistas. Afirma que coqueiros que até então tinham no primeiro piso já estavam comprometendo a estrutura do shopping, sendo também que não estava havendo escoamento para a água.
Com relação ao aumento do aluguel das lojas, Tone Câmara revela que este está aquém do valor mínimo legal. Afirma que a diretoria do Prevmoc tem um zelo de responsabilidade, honestidade e transparência. Frisa que, quando assumiu o shopping popular, existia um valor entre R$ 400 e 500 mil de inadimplência, que já foi liquidado.
Diz ainda que tudo está sendo feito com critério honesto no sentido de não prejudicar os lojistas.