Naíma Rodrigues
Repórter
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A instalação de uma banca de revistas, que funciona também como loja de conveniência, está causando grande indignação entre os lojistas do shopping popular Mario Ribeiro da Silveira. É que o contrato estaria em desacordo com regulamento assinado com a administração. O lojista José Fernandes, conhecido como Marronzinho, é um dos muitos que não concordam com o privilégio.
Banca instalada irregularmente na entrada
do shopping: privilégio que compromete
(foto: Wilson Medeiros)
Os camelôs também não concordam com o descumprimento das cláusulas contratuais. Argumentam que, no interior do shopping, já existem 280 lojas, não justificando a abertura de novo ponto comercial. Até porque, revelam que pelo menos 30 lojas estão prestes a fechar as portas, face ao desaquecimento das vendas.
O regulamento é claro e não permite a venda de novas unidades.
- O primeiro contrato foi modificado. Eu aceitei, pois não estava de acordo com algumas regras. Agora, eles fazem o segundo contrato, que não está sendo cumprido, posto que só é permitida a venda de lojas de pai para filho. No entanto, têm pessoas que possuem até quatro lojas, embora paguem apenas um condomínio – garante Marronzinho.
AMEAÇA
Os lojistas estão se mobilizando e garantem que, caso as leis não sejam cumpridas, irão acionar a justiça. Diante da nova concessão que, inclusive, prejudicou o shopping do ponto de vista estético e arquitetônico, os lojistas aguardam reunião com a diretoria do Prevmoc – Instituto municipal de previdência dos servidores públicos de Montes Claros, proprietária do imóvel e responsável por sua administração. Chegam mesmo a admitir a possibilidade de tirar a banca de revista loja de conveniência à força, no caso de manutenção do privilégio.
