Cidade

LGBTQIA+ quer respeito e políticas públicas eficientes

Movimento pede mais atenção do poder público para as demandas dos LGBTQIA+

Larissa Durães
Publicado em 27/06/2023 às 23:38.
 (Movimento afirma que muitos tiram a vida por políticas públicas ineficientes e falta de acolhimento)
(Movimento afirma que muitos tiram a vida por políticas públicas ineficientes e falta de acolhimento)

Junho é o mês do Orgulho e da Diversidade. O dia 28 foi escolhido para dar ainda mais ênfase, pois, neste dia, em 1969 ocorreu em Nova Iorque a Rebelião de Stonewall, em que policiais invadiram um bar frequentado por homossexuais e pessoas trans, prendendo todos que ali estavam de forma truculenta. Data, atualmente, celebra a luta contra a discriminação e busca pressionar o poder público a garantir direitos de aos LGBTQIA+ 
Em Montes Claros, a Aliança Nacional LGBTI em Minas Gerais, na pessoa da Coordenadora Adjunta Estadual da Aliança Nacional LGBTI em Minas Gerais, Letícia Imperatriz, faz um apelo em relação ao aumento do número de indivíduos LGBTQIA+ com depressão e denuncia que na cidade existe uma grande dificuldade em encontrar os dados sobre o assunto, já que o último estudo realizado foi no período entre 2007 a 2017 onde foram enumerados 182 suicídios, o que corresponde a 0,8% da mortalidade geral. “Apesar desses dados alarmantes, o que se percebe é que eles se referem até o ano de 2017 e que já se passaram seis anos desde a pesquisa e esses números podem ter mudado. Não há, portanto, um banco de dados consistente sobre sofrimento mental nos mais diversos tipos”, destaca Letícia. 

Ações municipais
O presidente fundador da associação arco-íris do amor, Lucas Pereira, conta que procurou o vice-prefeito, Guilherme Guimarães, para falar sobre o aumento de casos de saúde mental na cidade. De acordo com ele, o índice de pessoas com depressão tem crescido de uma forma geral e ainda mais nas pessoas LGBTQI+. “Muitos que tentam o suicídio, não conseguem acolhimento no sistema de saúde como o Programa Saúde da Família (PSF), no Centro de Referência de Assistência Social (Cras), porque falta o profissional”, explica. 
A prefeitura de Montes Claros, em nota respondeu que no que se refere à comunidade LGBTQIA+, tem sido elaborado pelos psicólogos da atenção primária à saúde, bem como pelos Centros de Atenção psicossocial, ações de educação em saúde, de modo a discutir ações direcionadas ao público LGBTQIA+.Para a Coordenadora da Aliança, Letícia, o que se deve fazer são questionamentos dentro da sociedade. “Estamos em junho e pessoas estão morrendo. Onde estão as políticas públicas para lidar e tratar do adoecimento mental? Onde estão as discussões, audiências para trabalharmos a saúde mental das pessoas em Montes Claros? Não existe! Até quando essa temática será negligenciada como muitas outras pelas autoridades competentes até beirar a insustentabilidade? , questiona.

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