Samuel Nunes
Repórter
samuelnunes@onorte.net
O Conselho Comunitário de Segurança Pública em parceria com a Unimontes - universidade estadual de Montes Claros através do curso de Ciências Sociais realizou no período de 10 a 24 de maio de 2005 pesquisa pessoal e quantitativa junto aos comerciantes de bebidas alcoólicas da microrregião do Maracanã.
A pesquisa foi realizada através de questionários com auxilio de pesquisadores. Foram visitados 94 estabelecimentos que comercializam bebidas alcoólicas no grande Maracanã. Deste total, 88 proprietários se prontificaram a conceder entrevista.
O secretário de Segurança e Direitos do Cidadão, João Avelino Neto entende que é importante a comunidade discutir a questão da segurança pública da cidade e que a iniciativa partiu da população, sendo que o Consep Maracanã reabriu a discussão e pediu a realização da pesquisa.
O secretário de Segurança e Direitos do Cidadão, João Avelino Neto diz que é importante a comunidade discutir a questão da segurança
(foto: Wilson Medeiros)
Ele afirma que esta pesquisa objetiva discutir com a comunidade soluções para o problema da violência e chegar a um denominador comum quanto ao projeto de fechamento dos bares depois das 23 horas.
João Avelino Neto explica que esta medida não vai ser imposta ou implementada pela administração municipal. O grande Maracanã é formado pelos bairros Ciro dos Anjos, Vila Grayce, Conjunto Habitacional Joaquim Costa, Nossa Senhora das Graças, Dona Gregória e Vila Campos.
RESULTADO
A pesquisa concernente à avaliação do nível de violência na cidade de Montes Claros mostra que para 81,72% avaliaram como alto o índice de violência na cidade.
No grande Maracanã 55,68% consideram alto o nível de violência; 37,09 como médio e 9,09% como baixo. 24% acham que diminuiriam a violência, 11,43% evitaria assalto e tranqüilidade para a população. Dos 78,41% de comerciantes que aprovam o fechamento dos bares às 23 horas 24,29% acham que isto diminuiria a violência. Dos 94 estabelecimentos que comercializam bebidas alcoólicas 88 deles, ou seja, 61.8% de bares, 24,72% de mercearias e 13,48% de outros tipos de comércio aceitaram abordar o assunto na pesquisa. Tem também comerciantes do Maracanã que se posicionaram contra. Dos 14,77% que ficaram contra, 57,14% alegaram que teriam prejuízos; 21,43% afirmam que neste horário o movimento é maior, enquanto que 14,29% acham que é preciso melhorar a segurança. Para os 7,14% restantes, a violência está na rua e não nos bares.