Jovem portadora de doença rara precisa de uma cadeira de rodas motorizada

Jornal O Norte
Publicado em 10/08/2009 às 10:43.Atualizado em 15/11/2021 às 07:07.

Samuel Nunes


Repórter



Obstáculo é aquela coisa enorme que uma pessoa coloca à sua frente quanto tira os olhos dos seus objetivos. Obstáculo. Esta palavra não se aplica à estudante do 2º período de artes visuais da Unimontes Stphany Rezirre, de 20 anos de idade, moradora da Rua Paracatu, bairro Alto São João.



Portadora de uma doença rara denominada HTLV, ela perdeu, aos 11 anos, o movimento das pernas. Mas, não a alegria de viver.



(fotos: XU MEDEIROS)


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Stphany Rezirre: - Sou uma jovem feliz.



Há pouco mais de um ano, ela ganhou do esforço e trabalho da família, uma cadeira de rodas. Tempo ocioso também não faz parte da vida desta jovem que, apesar da deficiência nas pernas, é uma garota feliz, de sorriso fácil, inteligente, e artista: eis algumas das características peculiares a esta universitária.



- Fiz conservatório e, infelizmente, parei no 8º período de violino e violão, em virtude da mudança do local, mas, depois de concluída a faculdade tenho a pretensão de voltar e fazer os cursos - diz.



Além da aptidão por instrumentos musicais, Stphany Rezirre tem outro dom, que é a pintura. Revela que diariamente pinta telas e tecidos e pessoas fazem encomendas dos trabalhos realizados.



DIFICULDADES



- Acordo às 6h30 da manhã, faço meus trabalhos de faculdade, pinturas e fisioterapia às segundas, quartas e sextas-feiras. À noite, vou para a faculdade - conta.



Stphany Rezirre afirma que tem alguns sonhos como, por exemplo, ter o seu próprio atelier onde poderá viajar pelas pinturas de telas e tecidos. Salienta ainda que uma cadeira de rodas motorizada é outra esperança de possuir, uma vez que esta facilitaria o acesso dentro da sua própria residência e ainda na faculdade.



A mãe Eliana Ramos, traduz em uma frase o sentimento pela filha:



- Ela é uma benção de Deus para a minha vida.



Ela revela que, com dificuldades, mas com fé em Deus e ajuda de algumas pessoas, gasta quase R$ 400,00 por mês na compra de medicamentos para sua filha. Afirma que a ajuda da comunidade é importante para continuar garantindo o uso de medicamentos da sua filha.



- Não existe ainda uma vacina para esta doença. É um vírus que fica no organismo. Em algumas pessoas ele não desenvolve - explica.



AVÔ SOFRE DE DOENÇA PARECIDA



Outro exemplo de vida na família é o senhor José Raimundo de 68 anos, pai-avô da jovem Stphany Rezirre. Há mais de 30 anos, ele também convive com uma doença ainda não diagnosticada, onde depende de muletas para andar pela casa.



José Raimundo também tem veia artística e, como marceneiro, fabrica alguns objetos artesanais. Tem também na fotografia um meio de subsistência e, ao mesmo tempo, amor à arte das imagens.



nullComo sua neta, ele também precisa da ajuda da comunidade no tocante a uma cadeira de rodas para também facilitar a sua vida e dar mais agilidade as suas atividades.



- Uma cadeira motorizada custa cerca de 6 mil reais e nós não temos condições de comprar, por isso faço um apelo para que alguém possa nos ajudar - diz.



José Raimundo:


- Cadeira de rodas facilitaria as nossas vidas.



Interessados em contribuir de alguma forma para ajudar Stphany Rezirre e seu pai-avô José Raimundo podem entrar em contato pelo telefone: (38) 3215- 1317.

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