Da Ascom/Unimontes
Com a adoção da classificação de risco, prevista no Protocolo de Manchester, o Hospital Universitário Clemente de Faria, vai implantar mais um serviço para melhoria da assistência à população regional. Em seu pronto-atendimento, serão priorizados os casos mais graves.
O HU é a segunda unidade de saúde de Minas Gerais – a primeira do interior - a adotar o sistema, até então em funcionamento apenas no Hospital João XXIII, em Belo Horizonte.
População tem acesso ao funcionamento do Protocolo de Manchester através de painéis nos corredores do Hospital da Unimontes
- Quando usamos a classificação de risco, realmente estamos priorizando a vida, atendendo quem necessita da assistência imediata - observa o vice-reitor da Unimontes e superintendente do Hospital Universitário, professor João dos Reis Canela.
Ele frisa que os casos mais simples continuam a merecer atenção e carinho, mas, todos precisam compreender que deverão ser detectados primeiramente aqueles casos que colocam em risco a estabilidade e a saúde das pessoas.
- O nosso hospital consegue, assim, avançar ainda mais na qualidade do atendimento, com maior organização e otimização do serviço - ressalta.
REDE REGIONAL
O serviço está inserido na Rede de Urgência e Emergência da macrorregião do Norte de Minas, da qual o Hospital da Unimontes será referência, englobando 86 municípios. Dessa forma, a partir de 1º de outubro, o seu Pronto-Atendimento será transformado em Pronto-Socorro.
Segundo a coordenadora de Urgência e Emergência do Hospital da Unimontes, médica Christina Beatriz Veloso, com a entrada em funcionamento do sistema de classificação de risco, todos os plantonistas do Pronto-Atendimento serão mobilizados para a rápida assistência daqueles casos mais graves. Para tanto, a equipe recebeu treinamento específico.
- Quanto mais rápido for o atendimento, maior será a chance de sobrevivência das pessoas.
Ela esclarece, ainda, que não haverá mudança na formação das equipes que trabalham no Pronto-Atendimento. No entanto, foram disponibilizadas salas equipadas exclusivamente para os procedimentos dos casos mais graves, identificados pelas cores vermelha e laranja.
COMO FUNCIONA A CLASSIFICAÇÃO
De acordo com o Protocolo de Manchester, os casos são classificados obedecendo a uma escala entre o mais e o menos urgente. Assim que chega ao serviço, a pessoa é encaminhada para um setor de triagem, onde é submetida a uma rápida avaliação. São identificados sinais que permitem atribuir um grau de prioridade clínica no atendimento e o tempo recomendado. O paciente recebe uma pulseira com a cor que indica a gravidade do caso e o tempo de espera para ser atendido.
São cinco níveis de classificação que possibilitam atendimento eficaz: pulseira vermelha (atendimento imediato), laranja (em dez minutos), amarela (em 60 minutos), verde (120 minutos) e azul (240 minutos).