No domingo passado (1º), um homem de 28 anos faleceu após um salto na Cachoeira do Rio Cedro, a 5 km de Montes Claros, na rodovia MGC-135. Ele não voltou à superfície, tendo sido encontrado desacordado. Testemunhas sentiram um possível choque elétrico ao tentar salvá-lo, dificultando o resgate. A vítima foi retirada da água com ajuda de uma madeira.
Quando a guarnição de salvamento do Corpo de Bombeiros chegou ao local, a vítima já havia sido retirada da água por terceiros, enquanto uma equipe de suporte avançado do SAMU realizava os primeiros socorros. Uma equipe da Polícia Militar e o perito da Polícia Civil compareceram ao local para tomar as providências cabíveis. Após a realização da perícia, o corpo foi liberado para a funerária.
Durante a ocorrência, foi identificado risco de eletrocussão no local, e a área foi imediatamente isolada pela equipe do Corpo de Bombeiros. Foi constatado que o poço da cachoeira possui uma bomba de captação de água pertencente a uma empresa local.
Conforme o Corpo de Bombeiros, o local do afogamento é uma área particular, embora o público tenha livre acesso à cachoeira. Ainda segundo a corporação, não há confirmação de que o afogamento tenha sido causado por choque elétrico, apenas relatos de pessoas que, ao tentarem resgatar a vítima, teriam sentido o que descreveram como um possível choque elétrico.
Segundo o tenente Kollek Pereira, do Corpo de Bombeiros, alguns cuidados devem ser tomados por banhistas que vão acessar cachoeiras. Segundo ele, o afogamento pode apresentar diversos níveis de gravidade, dependendo do tempo de submersão ou da quantidade de líquido aspirado. “O afogamento pode ocorrer devido à incapacidade de manter a flutuabilidade, principalmente pela falta de habilidade natatória ou, ainda, em decorrência de algum mal súbito ou trauma anterior. Nunca salte de partes altas da cachoeira, principalmente se você desconhece a profundidade e a natureza de fundo do local”, diz.
“É muito importante tomar cuidado com o limo nas rochas. Ele pode causar escorregamentos e quedas em pedras e, eventualmente, na água. Não faça brincadeiras que aumentem o risco de trauma e perda súbita da consciência. Nunca mergulhe de cabeça ou entre na água após a ingestão de bebidas alcoólicas ou uso de medicação que cause alteração psicomotora. Evite refeições pesadas antes de entrar na água. Cuidado com a presença de animais peçonhentos em zonas rurais, áreas de mata e locais de difícil acesso”, completa o tenente.