Da Redação
O prefeito Tadeu Leite terá hoje, depois de completar o centésimo dia de governo em sua terceira administração, o primeiro teste de resistência a insatisfações emanadas da base do poder. Está programada para as 7h desta terça-feira, em frente à câmara municipal, manifestação reunindo todos os 96 guardas municipais de Montes Claros, que reivindicam melhores salários, estrutura de trabalho e valorização profissional.
(foto: XU MEDEIROS)
Sistema que ajuda a vigiar o centro comercial de Moc deixa de ser monitorado pelos guardas municipais.
Na noite de ontem, um dos líderes do movimento disse a O NORTE que a decisão de se concentrarem em frente à câmara foi tomada após incontáveis tentativas de audiência com o prefeito, via gabinete:
- Ali estão amontoadas mais de dez pessoas que não resolvem nada, ficam empurrando a gente com a barriga e não deixam o servidor falar com o prefeito.
A intransigência da secretaria municipal de Governo, segundo esse informante, que impede qualquer forma de diálogo, se junta às más condições de trabalho e à defasagem do piso salarial:
- Em 2003, quando a guarda foi criada, nós ganhávamos o equivalente a quase dois salários mínimos; hoje, o salário mínimo nos pegou, pois ganhamos pouco mais de 400 reais.
A primeira ação concreta do movimento é a paralisação por 24 horas, o que deverá parar também o sistema de segurança Olho vivo, que é monitorado pelos guardas municipais. Essa decisão já foi comunicada às autoridades judiciárias e policiais pela AGMMC – Associação dos guardas mirins de Montes Claros. Não sendo estabelecido diálogo com o prefeito Tadeu Leite nesse período, será deflagrada greve da categoria, com a adesão prevista de 100%.