Samuel Nunes
Repórter
O presidente da Fundação de Desenvolvimento Tecnológico e Científico da Agropecuária Norte Mineira – Fundetec, Alexandre Pires Ramos, afirma que a entidade retirou dos seus estatutos a responsabilidade em relação a construção do Centro de Convenções. Explica que a partir desta decisão a responsabilidade total da obra é da prefeitura de Montes Claros.
Para Alexandre Pires Ramos
a responsabilidade total da obra
fica por conta da prefeitura.
(foto: XU MEDEIROS)
Ele ressalta ainda que a Fundetec cuidará, a partir desta decisão, da execução do projeto de construção de outra obra que ele considera das mais importantes que é o Parque Tecnológico.
Já que existia até então recursos da ordem de R$ 4,5 milhões para a construção do Centro de Convenções, mais licença ambiental, trabalho este, realizado ao longo de cinco anos. Entretanto, com a determinação do prefeito Luiz Tadeu Leite de mudar local tudo começa do zero.
URBANIZAÇÃO
Indagado quanto à importância de, por exemplo, urbanizar a área do Distrito Industrial, Alexandre Pires Ramos afirma que o local, reuniria todas as condições em termos de acesso, e até mesmo para que a área fosse conhecida por outros empresários. Ele observa que aconteceria o resgate social por meio de equipamentos de inclusão ao entorno das comunidades próximas.
No entanto, diz que não contesta a decisão do prefeito municipal que optou pelo Interlagos, tendo em vista que pode perfeitamente ser urbanizada também aquela área.
- Visitamos vários lugares do país, e o bairro onde está situado o Centro de Convenções é valorizado, o que é importante para a cidade - argumenta.
O presidente da Fundetec, questionada sobre um possível prejuízo em termos financeiros, devido às viagens de arquitetos e outros profissionais para a construção do Centro de Convenções, salienta que quem bancou os custos foi à própria Fundetec em parceria com outras entidades, como por exemplo a ACI- Associação Comercial e Industrial de Montes Claros.
TERRENO
Alexandre Pires Ramos afirma ainda que toda a região norte da cidade perde no tocante a não realização da obra em termos de valorização, cita a não continuidade da prolongação da Avenida Sidney Chaves, mas tem esperança que com a construção do Parque Tecnológico, projeto viabilizado em parcerias por meio de iniciativa com empresas de base tecnológica que também cedeu espaço para o a construção do Centro de Convivência com a Seca, projeto este implementado pelo Idene- Instituto de Desenvolvimento do Norte e Nordeste de Minas Gerais.
De acordo com ele com a não execução da obra do Centro de Convenções no Distrito Industrial, o terreno doado até então para a prefeitura retorna para a Fundetec.
O projeto do Parque Tecnológico, com o Centro de Convenções,
possibilitaria a ampliação das ações do turismo de negócios.
Montes Claros teve de devolver no início deste ano R$ 2,392 milhões oriundos do ministério do Turismo, por ter deixado de aplicar os recursos em tempo hábil e, agora, tem mais R$ 2 milhões conveniados que podem ser perdidos. Tudo por causa da polêmica em torno do Centro de Convenções de Montes Claros, sendo a principal delas a localização do projeto, cuja proposta inicial seria no galpão da extinta fábrica Eternit, no Distrito Industrial.
Recentemente por determinação do prefeito Luiz Tadeu Leite, foi escolhido as proximidades da lagoa do Interlagos para a construção do Centro de Convenções. O chefe do executivo municipal levou em consideração para a escolha da referida área a proximidade com o aeroporto e também a Avenida Magalhães Pinto, que foi totalmente reformada pelo governo do Estado.
O projeto do Parque Tecnológico, com o Centro de Convenções, possibilitaria a ampliação das ações do turismo de negócios, educacional de saúde e eventos empresariais, garantindo qualidade e infra-estrutura adequada à recepção de todo o fluxo de visitantes atraídos pelo Turismo de Negócios e Eventos, que representa o perfil de Montes Claros.