Samuel Nunes
Repórter
samuelnunes@onorte.net
Montes Claros conta tem dois cemitérios oficiais: Bonfim e o Jardim da Esperança, ambos situados no grande Morrinhos. O cemitério do Bonfim não comporta mais sepultamentos, a não ser para parentes de quem já possui lote. A chefe de divisão da secretaria municipal de Serviços Urbanos, Maria Lúcia Pereira Ramos, conta que a previsão de uso dos cemitérios na cidade é de aproximadamente cinco a seis anos, no máximo.
Cemitério do Bonfim já não comporta os defuntos
nossos de todo dia (foto: Wilson Medeiros)
Outro ponto ressaltado por ela é que o prefeito Athos Avelino tem se mostrado sensível diante dessa situação, tendo inclusive determinado à Seplan – Secretaria de Planejamento, junto ao titular da pasta, Guilherme Guimarães, que levantamentos sejam realizados em torno da cidade para construção de novo cemitério. Maria Lúcia não quer precisar quando será divulgada a área e quando vai começar a obra, mas afirma que, nos próximos meses, isso será divulgado.
MATO X SUJEIRA
A reportagem de O Norte esteve, na tarde de ontem, segunda-feira, nos dois cemitérios e constatou que, no caso do Bonfim, a situação de alguns jazigos não é das melhores. O que se vê é mato em torno das sepulturas, somado com lixo e entulho. O administrador geral do cemitério, Wesley Andrade, justifica dizendo que, em virtude das chuvas que caíram nos últimos dias na cidade, o mato cresceu, e que nos próximos dias será feita a limpeza do local.
Sobre a segurança dos cemitérios da cidade, Wesley afirma que, através de vigias da própria prefeitura e do aumento da altura do muro em torno dos cemitérios, a segurança aumentou, impossibilitando assim a ação de ladrões no local.
NÚMERO DE ENTERROS
Ainda na secretaria de Serviços Urbanos a reportagem ouviu a chefe de divisão Maria Lúcia e ela passou um dado considerado relevante de número de pessoas que são enterradas por mês em Montes Claros. Segundo ela, em média, 125 a 130 pessoas são sepultadas na cidade.
Atualmente, 17 homens estão trabalhando no cemitério Jardim da esperança, na construção de mais 172 gavetas. Maria Lúcia conta que, para quem não tem condições de pagar a taxa de sepultamento, a secretaria de Ação Social desenvolve um trabalho de triagem, através de uma entrevista e, se comprovado que a família não tem condições, fica isenta do pagamento da taxa. A chefe de divisão diz ainda que os cemitérios estão entrando na era da informatização. Foi firmada uma parceria com a Facit - Faculdade de ciência e tecnologia, no sentido de facilitar a localização dos falecidos.