Samuel Nunes


Repórter


samuelnunes@onorte.net

A reportagem de O Norte esteve nesta manhã no Bairro Guarujá e ouviu dos moradores várias reclamações relacionadas à falta de infra-estrutura, que tem resultado em inúmeros transtornos para as mais de 200 famílias que residem próximas a um dos cartões postais da cidade, que é a Lagoa da Pampulha. Principalmente à noite, os moradores têm que caminhar rápido em meio à escuridão em direção à iluminação, presente apenas nas residências dos moradores.

Matagal, ruas esburacadas e falta de iluminação


são alguns dos problemas dos moradores do Guarujá

Apesar de vários postes de luz presentes nas ruas, estes não têm energia elétrica. Segundo a estudante Maria Aparecida, da escola Estadual Augusta Vale, este é o primeiro problema presente em algumas ruas, como por exemplo, a Rua Tietê, que é uma via de acesso em direção ao aeroporto Mario Ribeiro. Ela afirma que em apenas três ruas do bairro a iluminação pode ser considerada satisfatória,o que é lamentável tendo em vista a falta de segurança que isto tem provocado, sobretudo, para quem estuda a noite.

(fotos: Wilson Medeiros}

- Eu estudo á noite na escola Augusta Vale e no ano passado fui perseguida por um homem. Graças a Deus, nada aconteceu, pois apressei os passos. Mas o matagal e falta de luz nas luminárias dos postes próximos à minha casa é uma preocupação para todos nós moradores. Esperamos que a prefeitura realize uma limpeza geral e desta forma os problemas possam ser amenizados – lamenta.

BURACOS

Outro morador que se mostra descontente com a atual situação do Bairro Guarujá é Eustaquio Rodrigues, que há mais de 14 anos reside no local. Ele salienta que muitos moradores já se mudaram para outras partes da cidade em virtude do abandono e, principalmente, falta de uma ação consistente do poder público.

Eustaquio Rodrigues, diz que é preciso roçamento do matagal existente no bairro Guarujá e ainda o cascalhamento e iluminação de algumas ruas

- A nossa prioridade aqui é pelo menos o cascalhamento das ruas. O ano inteiro tem problemas: na seca é a poeira que é constante e os buracos que são tampados pelos próprios moradores. Na época de chuva, o problema é a quantidade lama. O bairro fica praticamente intransitável - salienta Eustaquio Rodrigues.

Eustaquio afirma que um outro problema, até o ano passado, estava bem próximo à sua casa. Ele faz referência à falta de iluminação às margens da lagoa da Pampulha. De acordo com o morador, vários estudantes - devido à falta de segurança e iluminação neste local - tinham que dar a volta e entrar na Avenida Magalhães Pinto para fugir da sensação de insegurança.