A paralisação atingiu 85%


das escolas de Montes Claros

Samuel Nunes


Repórter

Em contato com O NORTE, o coordenador geral da sub-sede e diretor do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação, José Gomes Filho, afirma que a concentração que aconteceu no anel rodoviário da BR 251 na tarde de ontem, é fruto da insatisfação contra as políticas educacionais do governo do Estado. Revela que pelo atual momento por que passa a educação é relevante afirmar que Sem Educação Minas não Tem Saída.

Os manifestantes fecharam a rodovia por salários


mais condizentes (foto: XU MEDEIROS)

O sindicalista lembra que o funcionalismo público estadual cobra do governo que o valor do teto que hoje é de R$ 850,00 seja transformado em piso. – Um professor do ensino superior recebe um piso de R$ 500,49 por uma jornada de 24 horas semanais. Um funcionário de escola com jornada de 30 horas semanais tem um piso de apenas R$ 330, 75, o que consideramos como uma vergonha nacional, pois é preciso que a valorização da educação deveria ser prioridade do governo – afirma.

Em Minas foi implantado o ensino a partir os 06 anos de idade nas escolas, entretanto não preparou os profissionais por meio de cursos de capacitação e o resultado foi que o Estado ficou em 3° lugar no Índice Nacional de Desenvolvimento da Educação Pública, o que para ele é extremamente negativo.

PANFLETAGEM

José Gomes salienta que durante a manifestação os participantes da paralisação fizeram panfletagem na rodoviária mostrando a indignação dos servidores quanto a questão salarial. Ele ressalta que este tipo de manifestação é fundamental no sentido de mobilizar a sociedade para uma realidade triste por que passa a educação. – Esperamos dar visibilidade quanto a nossa realidade, pois se uma pessoa não é servidor da educação ela tem um amigo ou mesmo um filho que estuda em escola estadual. Lembramos ainda que será realizada no dia 02 de julho uma outra manifestação que pode decidir por uma greve por tempo indeterminado no 2° semestre - finaliza.