Depois da reabertura das academias, na última semana, os donos de quadras esportivas querem autorização da Prefeitura de Montes Claros para voltar a funcionar. Um grupo realizou uma manifestação ontem, na porta da sede do Executivo municipal, pedindo a flexibilização na prática de esportes em grupo, como futsal, vôlei e futebol.

Desde o início da pandemia pelo novo coronavírus, em março, as quadras society estão proibidas de funcionar, assim como a prática de esportes em grupo. Os empresários desse segmento temem a falência após quase sete meses sem funcionar. 

Montes Claros tem ao menos 31 quadras society, todas de grande porte, onde os proprietários fizeram investimentos considerados altos. Uma das principais indignações da classe é que a prefeitura liberou o funcionamento de academias, bares e restaurantes, mas não permitiu a retomada dos espaços esportivos.

Há uma demanda, por exemplo, de retomada das escolinhas de futebol, com divisão das turmas para que fiquem em número menor em determinado horário. Além disso, as aulas seriam focadas em treinamentos tático e físico, possíveis de serem feitos mantendo a distância entre os alunos.

Vinicius Nogueira, que foi o porta-voz dos manifestantes, tem um espaço situado na avenida Mestra Fininha. O local conta com duas quadras de areia e uma com grama sintética. O empresário afirma que não consegue calcular o prejuízo que vem sofrendo desde o início da pandemia. 

“Temos a consciência de que podemos voltar tranquilamente, de forma segura, conseguindo evitar o contágio com a Covid-19. Temos alguns planos, como reduzir o número de equipes e participantes por modalidade, disponibilizaremos álcool em gel e tudo que for necessário para garantir a segurança de todos os envolvidos”, destaca Vinicius. 

Ainda segundo o empresário, os campos society, por serem ao ar livre, são mais seguros do que as academias que são fechadas e que ainda precisam fazer revezamento de aparelho entre os clientes. 

“São espaços grandes, de mil a 3 mil metros quadrados. Temos como seguir as mesmas restrições que foram impostas para as academias de ginástica. Se a situação permanecer assim, todo mundo que trabalha no ramo vai ‘quebrar’”, pontua o empresário. 

O grupo com pelo menos 30 manifestantes não conseguiu falar com nenhum membro do município. A ideia era chamar atenção da Secretaria de Esportes, Defesa Civil e do próprio Executivo, por isso, o protesto foi encerrado na porta da casa do prefeito Humberto Souto.