Samuel Nunes
Repórter
samuelnunes@onorte.net
- Queremos uma eleição transparente, ética e realizada com lealdade.
Estas foram as palavras proferidas à reportagem de O Norte pela presidente da Associação dos ambulantes e camelôs de Montes Claros, Cássia Brito, para definir como poderia ser realizada a eleição para escolha de três lojistas.
Cássia afirma que a Prevmoc não divulgou edital, teria prestação de contas a fazer e, no entanto, nenhum desses procedimentos foi realizado. Segundo ela, a Prevmoc também deveria ter divulgado quais as chapas concorreriam a esse pleito, fato que, segundo ela, não aconteceu em tempo hábil.
- A Prevmoc simplesmente divulgou em cima da hora os nomes dos lojistas, isto não poderia ter acontecido - explica.
Cássia reclama ainda do fato de os seguranças do Shopping popular terem chamado a polícia militar na manhã de quinta-feira, exatamente no momento em que ela reivindicava transparência na referida eleição.
– Eles chamaram a polícia por entender que eu estava atrapalhando a ordem, mas enquanto eu tiver forças vou continuar lutando pelos direitos dos lojistas - argumenta.
LADO DA PREVMOC
Ouvido pela reportagem, o gerente do Shopping, Gilberto Veloso, diz que a eleição foi solicitada de acordo com uma lei de agosto de 2006. Ele lembra que a lista com os nomes dos lojistas que concorreriam ao pleito foi afixada em local visível e cada vereador do município recebeu um ofício avisando da eleição, que aconteceu ontem, quinta-feira, das 14 às 18 horas.
Gilberto salienta que nessa lei (não especificada por ele) está indicando que a comissão tem que ser formada por 2 secretários, 1 vereador, 3 representantes do Shopping popular, 3 representantes da previdência e 1 diretor executivo. Este último não tem direito a voto, exceto em caso de desempate.
Gilberto diz entender que a eleição tem com objetivo trazer melhorias para os lojistas que estão instalados nas dependências do Shopping popular.
– Esta eleição foi pedida no mês de agosto do ano passado, só que até o presente momento não tinha ocorrido. Portanto, estamos assessorando para a escolha desses três lojistas - diz.
Ele ressalta ainda que a lei para a escolha dos representantes dos lojistas já foi publicada e sancionada pelo prefeito Athos Avelino.
POLÍCIA MILITAR
Para manter a segurança e a ordem no Shopping popular, os seguranças chamaram a PM, que ouviu as explicações dos representantes da Prevmoc e de Cássia Brito. Segundo o aspirante PM Felipe, a princípio seria registrado um boletim de ocorrência e, se registrado, que não houve divulgação e, comprovado algum tipo de ilegalidade, a PM encaminharia o boletim de ocorrência ao ministério público, para que o mesmo tomasse as providências gabiveis.
