Naíma Rodrigues
Repórter
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Em ritmo de eleições, os alunos da Unimontes - Universidade estadual de Montes Claros foram às urnas para eleger o novo reitor da instituição. As eleições foram realizadas entre 8 horas e 22h, ontem, no campus universitário Darcy Ribeiro, em Montes Claros e nas demais unidades da faculdade em que foram implantadas urnas receptoras.
Concorre à reitoria (o atual reitor) Paulo César Gonçalves de Almeida, a professora Tânia Maia Fialho (atual vice-reitora), e Elza Neves Guimarães, do departamento de Geociências. Ao cargo de vice-reitor estão na disputa os professores João Barbosa de Souza, do departamento de Ciências Exatas, Mariléia de Souza, chefe do departamento de Comunicação e Letras, Francisco Marcos Barros, atual diretor do Centro de Ciências Biológicas e da Saúde, e João dos Reis Canela, atual diretor do Centro do Ensino Médio e Fundamental.
ELEITORES
De acordo com dados da comissão do professor Paulo César Mendes, 134.194 pessoas estavam aptas a votar. Destas, 11.300 são acadêmicos regularmente matriculados, incluindo alunos dos cursos de pós-graduação, 1.231 são professores e 663 são servidores técnicos administrativos.
- Achamos que foi realizado um processo interessante para a universidade, pois levantamos debates sobre a universidade para os próximos quatro anos. A participação dos alunos, dos professores e dos servidores foi efetiva. Nossas expectativas eram as de que todos estavam preparados para escolherem os melhores projetos para a universidade. – disse Tânia Marta, candidata à reitoria.
PROCESSO DE ELEIÇÃO
O sistema partidário foi realizado da seguinte forma: os votos dos professores tinham 70% de peso, servidores técnicos - administrativos e alunos 15%.
- Este processo só aparenta ser democrático, mas de democrático não tem nada. O governador, na eleição passada, não aceitou a decisão da maioria. Acredito que o voto deveria ter o mesmo valor para todos, sem olhar a quem. Mas espero que pelo menos desta vez o governador acate os resultados das eleições - diz a acadêmica Amanda Peres, estudante de Educação Física.
Mas ao contrário da acadêmica, o professor Paulo Eduardo diz que o processo é justo, mas que o percentual poderia ser revisto devido ao alto índice de diferenças.
- O peso da votação não é o mesmo para alunos, professores e servidores, porque o aluno não é permanente na universidade, enquanto o professor faz carreira e pode analisar com mais clareza o que vem sendo feito pelos alunos no tempo anterior aos quatros anos. Mas acredito que deveria ser reavaliado o percentual do peso da votação, que difere muito – explica o professor.
A servidora pública, Terezinha de Jesus declarou que o voto é a melhor maneira de se exercer a democracia, mas reclama do percentual do peso do voto do servidor público, que é o mesmo do aluno, argumentando que a classe dos servidores públicos é efetiva, e que possui os mesmo direito de um estudante que só permanece no local num período mínimo de quatro anos.
RESULTADOS
Segundo a comissão, depois de concluído e homologado o resultado das eleições pelo Conselho Universitário, a lista tríplice será enviada ao governador do estado, que decidirá as nomeações.
- As urnas começam a ser abertas hoje, quarta feira, às 8 horas. A minha expectativa é de vencer disparadamente com 70% dos votos. Estou muito animado – diz o candidato à reeleição Paulo César Gonçalves.
