Economia e segurança são afetadas com transferência de presos

Jornal O Norte
Publicado em 14/11/2007 às 19:36.Atualizado em 15/11/2021 às 08:22.

A comunidade do bairro Jardim Alvorada e bairros próximos ao cadeião já sentem os reflexos na economia e segurança, três dias depois da transferência dos presos para o presídio do bairro Vilage de Lago III.



Para o aposentado Santos Ferreira Silva, morador do bairro Nossa Senhora de Fátima há pelo menos 15 anos, depois da transferência dos detentos a segurança deste bairro fica prejudicada, pois, o número de policiais e agentes penitenciários na região sofrerá uma diminuição, o que acaba refletindo negativamente na segurança do bairro. – Sempre viajo nas minhas férias, já fiquei nove meses fora da minha casa e não tive nenhuma preocupação, agora, a preocupação será constante. A mesma opinião tem Elber Ribeiro, morador do bairro Jardim Palmeiras. Ele frisa que o policiamento, nos bairros próximos ao cadeião, não será o mesmo de antes, e teme pela segurança do moradores.  



FUGA



Morando próximo ao cadeião, há cerca de duas décadas, Santos Ferreira Silva, se recorda de um fato inusitado e ao mesmo tempo angustiante. – Em certa ocasião, os presos cavaram um túnel que praticamente deu acesso à porta da minha casa, mas graças a Deus, nada de mais grave aconteceu. Os detentos nunca fizeram nada de anormal com a vizinhança, não tenho nada a reclamar.



Em contrapartida, Adilson Rodrigues, morador do bairro Antônio Pimenta, afirma que a transferência dos presos foi positiva em todos os aspectos para a comunidade. Adilson explica que os detentos merecem um lugar adequado, onde possam aprender uma profissão e ocuparem o tempo ocioso.



Porém, com opiniões diversas quanto à transferência, o que se percebe é que a população, dos bairros que ficam perto do cadeião, está se sentindo tranqüilizada depois de pelo menos 15 anos de espera pela construção de um presídio em Montes Claros. 



ECONOMIA



Sobre os reflexos que a mudança dos detentos poderá trazer para os comerciantes do entorno do cadeião, a comerciante Ilma de Fátima, revela que é prematuro fazer qualquer projeção. Revela que era comum as esposas e familiares dos presos comprarem em seu estabelecimento comercial: sabonete, creme dental, café, açúcar, refrigerantes e macarrão, no entanto, com esta mudança, muda também a rotina dos comerciantes locais. – Só tenho a agradecer as mulheres que compravam aqui, nunca tivemos problemas com os presos, pelo contrário.



O vendedor ambulante de balas, doces e cigarros, Adalberto Mendes, conta que, quem vai ganhar com a mudança será os comerciantes do Vilage do Lago III. (SM)

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