(Larissa Durães)
O Shopping Popular Mário Ribeiro da Silveira, localizado na região central de Montes Claros, Norte de Minas, se tornou um dos mais importantes centros comerciais e turísticos da cidade. Inaugurado no dia 28 de março de 2003, o Shopping Popular completa duas décadas de mudanças econômicas e sociais na sexta maior cidade de Minas Gerais.
Atualmente, o centro comercial é um dos maiores de MOC – com quase 300 lojas, composto pelos mais diversos setores de produtos e serviços. De lá para cá, virou rotina para os consumidores. “Venho ao shopping praticamente desde sempre”, diz a cliente Ivani Dias. “Venho a procura de variedades, de preço bom e aqui encontro tudo que preciso”, destaca.
Antes da existência do shopping, os camelôs ficavam nas ruas de Montes Claros, e pagavam para a prefeitura para poderem usar o espaço. “Depois, quando estavam construindo o shopping, a prefeitura fez um sorteio dos camelôs que pagavam o uso do asfalto, para poder ganhar uma loja dentro do shopping”, conta a lojista sorteada, Maria Dantas Moura.
VALORES
Atualmente, cada loja do Shopping Popular tem seu valor dependendo do piso que ocupa. No primeiro, vária entre R$ 80 a R$ 100 mil. No segundo, entre R$ 130 a 150 mil. Depois, quanto mais sobe, mais barato fica. No terceiro piso, por exemplo, o preço varia entre de R$ 50 a R$ 80 mil. Já no quarto, entre R$ 10 a R$ 15 mil.
O lojista, Washington Jonathan, comenta que algumas lojas têm um faturamento aproximado de R$ 100 mil por ano. “Essa é a média que acredito que seja, porque a minha que fica no terceiro piso é esse valor aí”, diz.
“Entrei aqui no dia da inauguração. Troquei um trabalho seguro, para estar aqui. E fiz certo, tudo que tenho hoje, foi o Shopping Popular que me deu”, comenta satisfeita a lojista Roseli Costa. “Quero parabenizar o Shopping Popular pelos seus 20 anos de muita luta e garra. Se Deus quiser, iremos continuar juntos e que venham mais 20 anos de grandes histórias construídas aqui dentro”, completa feliz a lojista.
... ponto de referência e de encontros
Para o professor de ciências sociais da Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes), Lúcio Flávio Ferreira Costa, nestes 20 anos, o shopping cumpriu muito bem o objetivo. “Serviu como ponto de referência até de encontro das pessoas, mesmo porque desde o início e até hoje tem uma concentração grande de comerciantes de vários produtos que são colocados”, explica.
Ainda de acordo com Costa, o frequentador do shopping acha extremamente interessante a variedade dos produtos que circulam por lá. “É uma capinha, um celular, uns óculos, um brinquedo e tantos outros, isso é muito interessante. E, quem sabe, podemos pensar em outros centros nos bairros, copiar o modelo do shopping e acrescentar a arte e a cultura, como em Salvador”, ressalta.
“Se um dia venderem o shopping, principalmente, se venderem para uma pessoa só ou para uma só empresa, seria terrível. Poderia até desconfigurar e submeter todos que ali estão que seja um empreendedor ou quem oferece empregos, ou quem é empregado a uma condição terrível. Porque poderia ter um impacto muito negativo nessas pessoas, porque se tornariam, digamos assim, refém de uma política de uma pessoa só. Acredito que mantendo uma coisa de política pública, mesmo é o certo a fazer. Assim como está é a melhor proposta para uma coletividade”, completa o cientista social.