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Quinta-Feira,15 de Maio

Diretor do Procon alerta quanto a empréstimos e contratos

Jornal O Norte
Publicado em 12/07/2006 às 08:40.Atualizado em 15/11/2021 às 08:39.

Samuel Nunes


Repórter


samuelnunes@onorte.net



Está sendo comum em Montes Claros a vinda de bancos que emprestam dinheiro a pessoas aposentadas e pensionistas. Seja em bairros ou nos centro da cidade as facilidades para pegar dinheiro através de empréstimo é real. E este foi um assunto abordado pelo diretor do Programa Municipal de Defesa do Consumidor Durval Amorim. Ele observa  que este empréstimo consignado é direcionado em geral para aposentados e pensionista.



– Tem mais agências bancárias espalhadas na cidade do que bares, diz.



Ele revela que está ocorrendo na cidade uma verdadeira caça aos aposentados e pensionistas,e em sua opinião isso é muito perigoso, pois mais freqüentemente trata-se de pessoas idosas que muitas vezes não têm uma orientação ou conhecimento do assunto.



– São pessoas que são atraídas pela boa fé e são enganadas. Tem casos de empresas que oferecem o empréstimo e às vezes fala que é negado e quando você menos espera está descontando na folha de pagamento, diz.



Durval Amorim entende que este tipo de fraude está acontecendo, uma vez que existe situação onde possivelmente funcionários sacam dinheiro dos aposentados e falam que foi negado o empréstimo. Segundo ele o Procon recebe uma grande quantidade de reclamações por problemas desta natureza e este órgão tem orientado e pedido aos consumidores para terem cuidado no caso de tomar um empréstimo uma vez que muitos abusos são cometidos. Durval Amorim explica que a pessoa que deseja contrair um empréstimo tem que ver se realmente ela necessita deste empréstimo, se compensa tal procedimento. Sobre as altas taxas de juros ele observa que pela lei a taxa de juro não pode ultrapassar 2.9%. – O aposentado é uma presa fácil desses empréstimos chamados consignados que oferecem uma serie de vantagens. É bom que ao contrair o empréstimo o aposentado pegue o contrato e traga ao Procon ou procure um advogado e peça para analisá-lo antes de ser formalizado, diz.



PROBLEMA CULTURAL



Amorim diz entender, ainda, que é um problema cultural do brasileiro pegar um contrato, não lê-lo e em seguida assinar o papel. Ele conta que depois que acontece algum problema, aí a pessoa vai recorrer, e é muito difícil resolver a situação. Segundo ele é preciso  analisar as cláusulas abusivas e uma série de outras coisas que normalmente têm que ser consideradas no contrato.



– Acontece também que nem cópia do contrato eles fornecem para o aposentado ou pensionista, que é um direito deles de pegar o contrato, levar para casa e procurar alguém para que seja feita uma análise e somente depois voltar e formalizar este contrato. O aposentado ou pensionista não é obrigado a formalizá-lo na hora e nem assinar em branco para depois ver o contrato, isto é ilegal, conclui o diretor do Procon.



TELEFONIA CELULAR: CAMPEÃ DE RECLAMAÇÕES



Além do problema dos aposentados e pensionistas, Amorim alerta para os contratos com empresas de telefonia celular, que  têm alto índice de reclamação no órgão.



- O consumidor tem que ter muito cuidado, pois, existe muita enganação, muita propaganda enganosa. A gente tem constatado isto, salienta.



O diretor do Procon diz que as empresas de celulares  muitas vezes não explicam de maneira detalhada o que de fato tem no contrato, por exemplo, de algum tipo de plano controle.



Ele observa que existe um outro problema sério que diz respeito às agências reguladoras que autorizam que se instalem na cidade e, conseqüentemente, vendem celulares na região sem que tenham ou forneçam um atendimento de qualidade para o cliente.



– Tem celular que não pega em nenhum lugar. Quer dizer, falta uma estrutura que deveria ser exigida pelo governo, diz.



Durval Amorim afirma que o governo federal deveria exigir por parte das empresas de telefonia celular uma boa estrutura para depois entrarem no mercado, ao contrário de entrar no mercado para depois cobrar a estrutura, que é o que geralmente acontece. 



Ele faz um apelo para as pessoas que se sentirem prejudicadas que possam requerer na justiça os seus direitos por perdas ou danos.



– Tudo que é anunciado a pessoa deve guardar, como, por exemplo folhetos, que podem comprovar se o preço é realmente o que é divulgado. Toda propaganda é parte integrante do contrato de compra e venda, esclarece o diretor.

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