Desde o início do ano, quando começaram a surgir casos de dengue em Montes Claros, a secretaria municipal de Saúde, por meio do setor de epidemiologia, tem feito um acompanhamento dos pacientes suspeitos. Os registros indicam que nas últimas três semanas houve uma queda nas notificações. Entre os dias 07 e 27 de fevereiro, os dados apontam para uma redução de pelo menos 26% no número de pessoas que estariam com dengue.
Na 5ª semana, de 31/01 a 06/02, foi registrado o maior número de casos suspeitos, 960 notificações. Nas semanas seguintes, a quantidade de pessoas que procurou atendimento nas unidades básicas de saúde, que inclui os centros e os postos dos programas de saúde da família, vem reduzindo. Na 6ª semana (07 a 13/02), foram 788 casos, na 7ª (14 a 20/02), 456 atendimentos, e na 8ª semana (21 a 27/02), a epidemiologia registrou 205 casos.
O secretário municipal de Saúde José Geraldo de Freitas Drumond disse que a epidemiologia cumpriu sua função de levantar todos os casos para atacar o problema.
- Todas as áreas de Montes Claros foram identificadas, e isso facilita o atendimento aos pacientes - afirmou.
O secretário voltou a chamar a atenção da população no sentido de tomar as
medidas preventivas para coibir a ação do mosquito transmissor da dengue, como não acumular água em latas, embalagens, copos plásticos, tampinhas de refrigerantes, pneus velhos, vasinhos de plantas, jarros de flores, garrafas, caixas d’água, tambores, latões, cisternas, sacos plásticos e lixeiras, entre outros.
Em 2010, o Brasil voltou a viver uma epidemia de dengue. Só na primeira quinzena de janeiro, 14 pessoas morreram e outras 42 mil foram infectadas pelo mosquito, nos três estados do Centro-Oeste e no Distrito Federal. Em todo o país, até o momento, o número de casos confirmados chega a quase 30% do total de registros de todo o ano passado.
A informação é também uma grande aliada para ajudar no combate ao transmissor da doença. Só eliminando os focos do aedes aegypti é possível um controle eficaz. Para isso, a secretaria municipal de Saúde vem informando, constantemente, a imprensa e toda a comunidade, com boletins diários que mostram o número de casos, a faixa etária e os bairros mais afetados. Mas, é preciso esclarecer que nem sempre um caso notificado pode ser confirmado. Só através do exame laboratorial é que se comprova se o paciente contraiu ou não a doença.
Outra preocupação é com o período chuvoso.
- Tão logo seja necessário, faremos outros mutirões de limpeza, mas não é só água de chuva que acumula, não, as larvas também são encontradas onde há um acúmulo superficial de água - afirmou o secretário de Saúde. Os levantamentos do centro de controle de zooneses indicam que mais de 80 % dos focos são encontrados nos quintais das residências. Por isso, se o combate for interrompido, em um curto espaço de tempo todo o trabalho do poder público e dos vizinhos desce pelo ralo, é onde mora o perigo. (Com informações da Ascom Prefeitura)