
O Brasil gerou 328.500 empregos formais em fevereiro, 69 mil a menos do que no mesmo mês de 2021. Foram 2,01 milhões de contratações e 1,68 milhão de demissões no mês passado.
O resultado representa a maior geração mensal de vagas com carteira assinada desde agosto de 2021. Segundo a pasta, o melhor para o mês, considerando a série iniciada em 2010. Em Montes Claros, foram 272 novos postos de trabalho gerados, contra 304 registrados no mês anterior.
“O saldo (em Montes Claros) teve uma redução, se comparado a janeiro de 2021, e superior a janeiro de 2020. Em janeiro deste ano foram 304 novos postos de trabalho. Considerando a microrregião, que engloba outros municípios, o resultado é outro: 320 em janeiro e 397 em fevereiro”, detalha o professor Roney Versiani Sindeaux, Coordenador do Observatório do Trabalho do Norte de Minas da Unimontes.
Os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged) mostram que, no país, o rendimento médio dos trabalhadores continuou em declínio. O salário médio de admissão em fevereiro foi de R$ 1.878,66. O valor é menor que o registrado em janeiro, com um decréscimo de R$ 61,14, o que equivale a uma variação de -3,15%.
“Quando a gente fala em taxa de desemprego, isto implica a quantidade de pessoas empregadas ou em busca de emprego, ou seja, é uma relação”, explica o economista Diogo Albuquerque, do Instituto de Negócios Crescer. “Às vezes, a pessoa desiste de procurar emprego e vai empreender por conta própria e isso é ruim”, diz, referindo-se aos chamados desalentados.
“O desalento é ruim, mas o número de pessoas que estão buscando empregos e de postos de trabalho aumentou. Então, temos um efeito positivo em relação ao número de empregos criados”, pontua. “Esse aumento foi de pessoas com carteira de trabalho”, informa Diogo.
DESEMPENHO
Os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged) mostram também que o número de trabalhadores sem carteira assinada no país subiu 6,4%, chegando a 753 mil pessoas.
Os números mostram que, no mês de fevereiro, os cinco grupamentos de atividade econômica apresentaram saldo positivo, com destaque para o setor de serviços, com geração de 215.421 novos postos com carteira assinada, distribuídos principalmente nas atividades de administração pública, defesa e seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais.
A indústria geral fechou o mês com 43 mil novos postos, concentrados especialmente na indústria de transformação, que gerou 38.575 postos. A construção fechou o mês com 39.453 novos empregos. Na sequência vêm a agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura que gerou 17.415 postos; e o comércio, com 13.219 postos.
Saldo de vagas (admissões) nas microrregiões em fevereiro superou o mês de janeiro.
Bocaiúva: 264
Grão Mogol: 6
Janaúba: perda de 13 postos de trabalho (Saldo negativo, ou seja, mais desligamentos do que admissões)
Januária: 34
Montes Claros: 397
Pirapora: perda de 31 postos de trabalho
Salinas: 117.
TOTAL NORTE DE MINAS: 774 novas vagas
*Com Agência Brasil