Samuel Nunes
Repórter
- Não tem condições pagar mais de R$ 40, pelo valor de um botijão de gás é muito para quem ganha um salário mínimo. É este o desabafo da aposentada Maria Carmem Pereira quanto ao valor do botijão de gás cobrado em Montes Claros.
(foto: XU MEDEIROS)
Botijão de gás pode chegar a 50 reais em Moc.
O gás de cozinha ficou mais caro. O botijão de 13 quilos, que custava em média R$ 39, foi reajustado para R$ 41, podendo custar até R$ 45, bem acima do preço médio cobrado no país, de R$ 33,40. Em menos de cinco meses, este é o terceiro reajuste consecutivo do produto.
A reportagem de O NORTE conversou na tarde de ontem, 19, com um membro da Associação dos revendedores de gás, Hamilton Magalhães. Ele afirma que, nos primeiros quatro meses de 2009, aconteceram de dois a três aumentos sucessivos, o que pode afeta a vida não somente dos revendedores, mas também dos consumidores que dependem do produto.
- Talvez para muitos não seja muito alto um aumento, de dois ou três reais, mas, no bolso de quem paga pelo gás este valor pesa com certeza.
AUMENTO
De acordo com Hamilton Magalhães o botijão de gás 13 quilos pode chegar a 45 reais, com possibilidade de o produto chegar ao consumidor a 50 reais.
Revela que em Montes Claros são 70 postos de revendas de gás de cozinha que são abastecidas por cinco distribuidoras.
As distribuidoras Supergasbras e Minasgás afirmam que os aumentos poderão ocorrer em função do fim dos descontos. De acordo com as empresas, durante o verão houve queda na demanda de GLP, o que levou às promoções.
Na última sexta-feira, seria protocolado no Ministério Público de Belo Horizonte, documento solicitando investigação dos reajustes e de monopólios no setor, hoje dividido entre cinco grandes distribuidores. O Procon Estadual informa que aguarda levantamento com o preço de custo do produto para avaliar se será pertinente abrir uma investigação.
A reportagem de O NORTE tentou contato em Belo Horizonte, com diretores das distribuidoras que comercializam o produto em Montes Claros para explicar sobre os constantes aumentos, mas, até o fechamento desta edição não obteve êxito.