Comissão debate crise hídrica; deputada pede união de parlamentares mineiros por soluções

Márcia Vieira
Montes Claros
22/09/2017 às 00:36.
Atualizado em 15/11/2021 às 10:40
 (GABINETE RAQUEL MUNIZ/DIVULGAÇÃO)

(GABINETE RAQUEL MUNIZ/DIVULGAÇÃO)

A deputada Raquel Muniz dirigiu em Brasília a reunião da Comissão da Crise Hídrica, com foco nas ações e busca de soluções para enfrentar um dos graves problemas da região Norte de Minas. Depois de passar por diversos municípios e conduzir ministros e integrantes do governo para conhecer “in-loco” a situação, a deputada acredita que já existam levantamentos suficientes para cobrar dos governantes uma solução definitiva e com o que se gasta em paliativos é possível efetivar as mudanças.

“Tem cidades como Ibiracatu (MG) que há seis anos é abastecida com caminhão pipa. E o combustível que se usa? Quantos milhões se gasta com isso? Enquanto isso, não temos resposta quanto à construção das barragens de Berizal, Congonhas e Jequitaí. Como parlamentares mineiros temos que nos unir, apontar a solução e cobrar uma resposta”, sugeriu a deputada.
 
FORÇAS
Lúcio Coelho, representante do Instituto de Desenvolvimento do Norte e Nordeste de Minas Gerais (Idene) disse que as cidades de Pirapora e Buritizeiro, às margens do Rio São Francisco, estão em estado de calamidade. A exemplo da deputada, pediu união.

“Vocês não imaginam o que o Rio representa para o nordestino. Lá eles agem em bloco. Vamos a partir de agora encarar com mais zelo, responsabilidade e afinco, porque estamos sofrendo demasiadamente com a falta de água para o consumo humano”, declarou o representante, que parabenizou a deputada pela preocupação com o tema.

“É preciso vontade dos governos de todos os estados e principalmente de Minas. Temos acompanhado sua atuação parlamentar, digna de todo elogio e respeito do povo mineiro”, disse, referindo-se a Raquel Muniz.

Lúcio Coelho ainda argumentou que há uma preocupação especial com matas ciliares, mas que as veredas estariam sendo desconsideradas. “O rio é como um corpo humano. As veredas funcionam como os vasos. Elas formam os riachos e córregos que vão desaguar no rio. Sem elas não teremos água”, alertou.
 
ABASTECIMENTO
A Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa) foi representada pelo superintendente Roberto Botelho. Ele destacou os estudos da empresa com vistas a minimizar o problema no abastecimento. “O nosso estudo para o incremento da oferta hídrica contempla os 85 municípios da região do semiárido legal e mais 46 que estão na bacia em volta, totalizando 131 municípios que receberão perfuração de poços e outras alternativas. Já existe um pré-orçamento em torno dos R$ 3 milhões para as soluções integradas. O objetivo foi juntar todas as soluções num estudo técnico que busca fontes seguras para o abastecimento nos próximos 45 anos”, disse.

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