Cidade

Chuvas: falta de estrutura causa problemas

Conforme moradores, autoridades locais não apresentam soluções definitivas

Márcia Vieira
marciavieirayellow@yahoo.com.br
Publicado em 24/01/2024 às 19:00.
 (ARQUIVO PESSOAL)

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Na cidade frequentemente castigada pela seca, os moradores, de uma ponta a outra, lamentam a impossibilidade de celebrar o período chuvoso. Laurita Pereira, residente na rua F, próxima ao PSF do Bairro Renascença, está apreensiva com o volume da água desde o início da semana. O problema persiste a cada chuva, mesmo sendo do conhecimento das autoridades locais.

“Mais uma vez estamos passando por isso. Vieram aqui, fizeram uma limpeza malfeita nos bueiros e não dão uma solução definitiva. Fiz uma prateleira para colocar minhas roupas porque já perdi guarda-roupa, colchão e outros móveis e até a cesta básica que recebi de doação. Perdi a conta do prejuízo “, comenta a moradora. 

De acordo com Carlos Henrique, líder comunitário do bairro, há uma necessidade urgente de sanar a questão da principal via do bairro, a Avenida Biô Lopes. O problema está próximo ao cruzamento da Avenida com as ruas Clementina Xavier e Curvelo, perto do Posto Saúde do Renascença. “Já tentaram algumas manobras, mas não conseguiram”, diz, salientando que a causa teria sido o recapeamento no início da avenida, no encontro da Biô Lopes com a rua João Martins, até à Três Poderes. Sem o recapeamento na parte de baixo, o final da avenida passou a receber toda a água, que desce com mais velocidade e alaga as casas.

Há também reclamações por parte dos comerciantes. Os veículos transitam em alta velocidade onde há acúmulo de água, lançando jatos para dentro dos estabelecimentos.

“O meu papel enquanto líder comunitário é dizer que existe um problema e as autoridades devem construir uma solução eficaz, tendo em vista que outras já foram tentadas e que não resolveram. O que defendemos é que seja feito um estudo sério com gente competente para resolver o problema. Alguma solução existe, eu não sei qual é a solução, mas alguma solução tem que ter”, explica Carlos, que acredita que uma drenagem bem-feita possa pôr fim ao problema.
 
MÃO NA MASSA
A demora da administração muitas vezes leva os moradores a agir por conta própria na busca de soluções, como exemplificado pela dona de casa M. H., residente na Vila Oliveira. Na última quarta-feira (24), munida de uma enxada, ela tentou criar uma abertura para drenar a água acumulada em frente à sua porta.

No Bairro Panorama, o alagamento das ruas impediu que os moradores saíssem de casa para trabalhar, uma vez que nem mesmo os veículos conseguiam transitar pela via.

A equipe de reportagem procurou o vice-prefeito e engenheiro Guilherme Guimarães, porém, até o fechamento desta edição, não obteve retorno.

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