Cidade

Cemitério do Bonfim pode ser foco de chikungunya

Mato alto e água parada comprovam que o local não tem recebido os cuidados necessários

Márcia Vieira
Publicado em 07/03/2023 às 21:00.
 (Larissa Durães)

(Larissa Durães)

Em meio a uma epidemia de chikungunya que levou o município a decretar estado de emergência, familiares reclamam que não conseguem velar os seus mortos com tranquilidade por medo de serem atacadas pelo mosquito Aedes aegypti.

O receio procede. No cemitério do Bonfim, gerenciado pelo município, o mato alto preocupa quem vai ao local. 

A dona de casa Clarice Braga, que tem familiares sepultados no local, localizado no bairro Vila Luiza, diz que diante da situação teve que pagar uma pessoa para fazer a capina. 

“Quero ver meus familiares bem cuidados. Habitualmente, faço isso. Pago para cuidar do jardim. Porém, na minha percepção, vejo que o cemitério está muito largado, muito abandonado, e precisamos das pessoas do município para cuidá-lo”, comenta. 

Com uma área de 50.719,38m, comportando 67 quadras, de acordo com dados da Secretaria de Serviços Urbanos (SSU), em 2022 jazigos foram violados e esculturas foram roubadas do local. Na ocasião, familiares indignados denunciaram a situação. 

Procurado pela reportagem, o secretário do SSU, Guilherme Guimarães, disse que os dois cemitérios, Bomfim e Parque Jardim da Esperança, que são contíguos, tem equipes próprias de varrição e capina.

“Trimestralmente, a equipe de varrição e capina da cidade ajuda na limpeza de forma concentrada. Nesse ano de 2023 já foram realizadas duas operações especiais”, diz o secretário, pontuando que a segunda operação foi feita agora em razão das chuvas intensas. 

Questionado sobre a segurança, ele informou que está sendo concluída a ampliação da altura do muro e colocação de concertina em toda a sua extensão. 

“Foram colocados vários postes e luminárias novas. E novos vigias tomam conta no período diurno e noturno. O próximo passo é o controle de acesso”, explicou. 
 
OUTRA OPÇÃO
Em MOC, uma das alternativas para os cuidados póstumos com os entes queridos falecidos é o sepultamento privado. Localizado no bairro Facela, inaugurado em 2016, o único cemitério privado da cidade, Parque dos Montes, conta com seis quadras de jazigos, lanchonete, capela e está em fase de finalização do crematório próprio.

“Para manter esse serviço a família paga anualmente uma taxa, que é cobrada de acordo os valores estabelecidos pelo município de Montes Claros. E pelo fato de sermos um modelo padronizado de prestação de serviços funerários e buscarmos sempre levar as famílias um processo de compreensão mais tranquilo e humano, temos orgulho em dizer que somos uma referência no que diz respeito a estrutura, organização e manutenção de cemitérios”, comenta o proprietário, Gilberto Gualter.

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