Montes Claros

CDL realiza evento ‘Mulheres Extraordinárias PcD’

Adriana Queiroz*
genteideiascomunicacao@gmail.com
Publicado em 05/03/2024 às 20:52.
Da esquerda para a direita: Katherine Soares, teleatendente do Copom e assessora da Ademoc; e Bia Reis, bacharel em administração de empresas com MBA em Gestão de Pessoas (MONTAGEM/ARQUIVO PESSOAL)

Da esquerda para a direita: Katherine Soares, teleatendente do Copom e assessora da Ademoc; e Bia Reis, bacharel em administração de empresas com MBA em Gestão de Pessoas (MONTAGEM/ARQUIVO PESSOAL)

Na próxima quinta-feira (7), às 19h30, em homenagem ao Dia Internacional da Mulher, a Câmara de Dirigentes Lojistas de Montes Claros (CDL) realizará o evento “Mulheres Extraordinárias PcD”. O evento surgiu a partir do desejo de Luana Cordeiro, empresária e fundadora do movimento, de incentivar a ascensão de mulheres com deficiência. 

“Queremos trazer a essas mulheres a consciência de que ela pode viver uma vida extraordinária com resultados em todas as áreas da vida”, comenta Cordeiro.

Bia Reis, palestrante do evento, é bacharel em administração de empresas e possui MBA em Gestão de Pessoas. Aos 21 anos, enfrentou a perda da visão em um dos olhos, um desafio que poderia ter desencorajado muitos, mas não a desanimou. Com uma década e meia de luta, foi diagnosticada com a síndrome oncológica von Hippel-Lindau (VHL). No entanto, Bia não permitiu que suas condições a definissem. Tornou-se um símbolo de superação, mostrando ao mundo que as limitações físicas não podem conter a força da mente e do espírito. 

“Sou movida por uma fé inabalável, enfrentei cada obstáculo com uma determinação incansável. Minha persistência e coragem têm inspirado todos ao meu redor. Em vez de me deter diante das dificuldades, as encara de frente, sempre em busca da realização de meus sonhos e projetos”, relata.

Katherine Soares, uma cadeirante e teleatendente do Centro de Operações Policiais Militares (Copom), além de desempenhar o papel de assessora de comunicação na Associação dos Deficientes de Montes Claros (Ademoc), também participa do evento. 

“A Ademoc tem um papel fundamental na mudança de mentalidade dessas mulheres. Foi por meio desta instituição que tive uma nova visão sobre deficiência. E agora nasce o movimento Mulheres Extraordinárias, cujo objetivo é dar visibilidade ao potencial dessas mulheres de sucesso e encorajar as que ainda se sentem impotentes a conhecer inúmeras possibilidades em todas as áreas da sua vida. Juntas neste movimento teremos grandes conquistas, com a certeza de que obstáculos são pequenos, quando a vontade é grande”, conta.
 
DADOS
Publicados no ano passado, dados do módulo de Pessoas com Deficiência da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) de 2022 apontam que em julho de 2023 cerca de 18,6 milhões de pessoas de 2 anos ou mais de idade do país (ou 8,9% desse grupo etário) tinham algum tipo de deficiência. 

Em 2022, 47,2% das pessoas com deficiência tinham 60 anos ou mais de idade. Entre as pessoas sem deficiência, apenas 12,5% estavam nesse grupo etário. No terceiro trimestre de 2022, a taxa de analfabetismo para as pessoas com deficiência foi de 19,5%, enquanto entre as pessoas sem deficiência essa taxa foi de 4,1%. Apenas 25,6% das pessoas com deficiência tinham concluído pelo menos o Ensino Médio, enquanto 57,3% das pessoas sem deficiência tinham esse nível de instrução.

A taxa de participação na força de trabalho das pessoas sem deficiência foi de 66,4%, enquanto entre as pessoas com deficiência essa taxa era de apenas 29,2%. A desigualdade persiste mesmo entre as pessoas com nível superior: nesse caso, a taxa de participação foi de 54,7% para pessoas com deficiência e 84,2% para as sem deficiência.

O nível de ocupação das pessoas com deficiência foi de 26,6%, menos da metade do percentual encontrado para as pessoas sem deficiência (60,7%). Cerca de 55,0% das pessoas com deficiência que trabalhavam estavam na informalidade, enquanto para as pessoas ocupadas sem deficiência esse percentual foi de 38,7%. O rendimento médio real habitualmente recebido pelas pessoas ocupadas com deficiência foi de R$1.860, enquanto o rendimento das pessoas ocupadas sem deficiência era de R$ 2.690.

Valcir da Ademoc explica que a Lei Nº 13.146, de 6 de julho de 2015, que institui o Estatuto da Pessoa com Deficiência, em seu artigo 93, determina que empresas com mais de 100 empregados devem preencher de 2% a 5% de seus cargos com beneficiários reabilitados do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) ou pessoas com deficiência. 

“Inclusive, na Ademoc, nós temos um banco de talento voltado à pessoa com deficiência onde que a gente apresenta eles para a empresa para cumprir essa lei de cotas. Tem várias pessoas com deficiência já no mercado de trabalho”, comenta.

*Com informações da Agência IBGE

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