CIDADE

Cavalhada volta ao calendário cultural de MOC

Evento será realizado no aniversário da cidade, dentro das atividades da Expomontes.

Márcia Vieira
Publicado em 30/06/2023 às 19:00.
Rogério Chaves, da comissão organizadora da cavalhada, José Henrique Veloso, presidente da Sociedade Rural e Murilo Maciel, idealizador e organizador do evento (Sólon Queiroz)
Rogério Chaves, da comissão organizadora da cavalhada, José Henrique Veloso, presidente da Sociedade Rural e Murilo Maciel, idealizador e organizador do evento (Sólon Queiroz)

Na próxima segunda-feira, dia 3 de julho, aniversário de Montes Claros, Norte de Minas, uma tradição centenária volta a fazer parte do calendário cultural do município. O resgate da cavalhada vem por meio da família Maciel, herdeiros do músico Nivaldo Maciel, cujo centenário será celebrado na ocasião, dentro da Exposição Agropecuária, no Parque João Alencar Athayde. Evento será aberto ao público com entrada franca. 

Murilo Maciel, filho de Nivaldo, conta que a cavalhada foi realizada pela última vez no centenário da cidade, em 1957, organizada pelo saudoso médico e historiador, Hermes de Paula.

“O registro na história de Montes Claros aponta que a cavalhada era realizada desde 1905. A última, em 1957, teve como rei mouro o meu pai, Nivaldo, no grupo paramentado de vermelho. O outro grupo, dos cristãos, paramentado de azul, teve como rei Camilo Brandão. O evento aconteceu no Campo do Ateneu”, relata Murilo. 

Pelo Brasil, a festa acontece durante três dias. Em Minas Gerais, as cavalhadas mais conhecidas são as de Amarantina, Brejo do Amparo e Morro Vermelho. Em Montes Claros, a dramatização vai ser apresentada em um único dia, de 10h as 13h. 

FESTEJO TRADICIONAL
O enredo trata de uma reconquista dos cristãos frente aos mouros (muçulmanos que haviam se instalado na Península Ibérica na idade média). O rei mouro quer se casar com a princesa, filha do rei cristão. Este, impõe uma condição. A de que o mouro se converta ao cristianismo. Com a negativa, tem início a batalha entre os dois grupos. No final, o rei mouro se converte e casa com a princesa. 

Murilo Maciel afirma que no dia da festa em Montes Claros, todo a história será explicada de maneira didática ao público. 

“Todos os movimentos serão narrados por uma equipe de palco. Serão 30 cavaleiros, as amazonas e todo um roteiro montado para isso. Acreditamos que será muito bonito. A partir daí, a cavalhada se reintegra ao calendário cultural da cidade”, comemora.

Rogério Chaves, da comissão organizadora, destacou que, neste primeiro momento, os participantes foram buscados nas famílias que tinham alguma ligação com a tradição, especialmente na área rural. Posteriormente, a meta é que haja renovação, com a inclusão de pessoas mais jovens que tenham interesse em preservar a cultura. 

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