Ana Medeiros
Colaboração para O NORTE
A retomada de um movimento cultural que surgiu em Montes Claros na década de 1970 foi o tema de encontro realizado na tarde de ontem, terça-feira, entre o prefeito Tadeu Leite, escritores, jornalistas e professores. Em plena ditadura militar, jovens artistas e intelectuais se reuniam para discutir vários assuntos com o objetivo de transformar a literatura brasileira, ao qual deram o nome de Catibum.
(MARCOS ALVARENGA)
Segundo Reginauro, “a palavra simboliza o barulho produzido por uma pedra ao ser atirada à água e a repercussão produzida pelas ondas desse movimento”. O grupo virou referência de resistência ao autoritarismo social, político e cultural da época.
Entre os representantes daquele período estão o poeta, compositor e artista plástico Georgino Júnior, o jornalista e dramaturgo Reginauro Silva, o escritor Fernando Rubinger, a poeta e ativista política Maria do Carmo Veloso, o jornalista e escritor Luís Carlos Novaes, o jornalista, escritor e radialista Eduardo Lima, e o então estudante de Direito, radialista e político iniciante Luiz Tadeu Leite.
Quase 40 anos depois, a proposta é resgatar parte das ideias lançadas por essa turma, com foco voltado para a educação e a produção da revista lítero-cultural Catibum. O projeto é organizado pelas secretarias municipais de Cultura, Educação e tem apoio do Sesc.
Entre os objetivos estão, além da publicação da revista, a cada dois meses, a organização de oficinas de formação de leitores nas escolas públicas municipais na cidade e na zona rural, e a promoção do Outubro literário, um congraçamento da literatura, com a realização do Salão do livro e atividades culturais.
O secretário de Cultura, Ildeu Braúna, a secretária de Educação, Mariléia de Souza, diretores do Sesc, e representantes do movimento entregaram o projeto ao prefeito.