Catedrático português fala sobre parceria com a Funorte

Jornal O Norte
Publicado em 18/04/2006 às 10:56.Atualizado em 15/11/2021 às 08:33.

Samuel Nunes


Repórter


samuelnunes@onorte.net



O professor e catedrático em Psicologia da Universidade de Trás–Alto-Dreno–Douro, de Portugal, José Vasconcelos Raposo, esteve na manhã de ontem, segunda-feira, na redação de O Norte. Na oportunidade, ele explicou a parceria existente entre a universidade de Trás–Alto-Dreno-Douro e a Funorte – Faculdades Unidas do Norte de Mians, que consiste na capacitação do corpo docente da Funorte em nível de mestrado e doutorado:



- Em um primeiro momento, os professores interessados se candidatam em um curso de nivelamento e, depois, os melhores são selecionados.






José Vasconcelos Raposo diz que é necessário


projeto de pesquisa
(foto: Wilson Medeiros)



José Vasconcelos informa ainda sobre a duração das especializações que, segundo ele, é de dois anos o mestrado, e de no mínimo quatro anos o doutorado. Sobre a parte curricular, José Vasconcelos salienta que consiste em freqüentar e estudar as disciplinas em Portugal e, depois, no segundo ano, o professor deve elaborar o seu projeto de pesquisa, que é feito no Brasil e, em um segundo momento, em Portugal.



Os interessados que queiram obter mais informações sobre a capacitação de professores através dessa parceria devem entrar em contato com a Funorte e a Universidade Trás–Alto-Dreno–Douro, de Portugal, pelo telefone (38) 3690.3027. O professor José de Vasconcelos esclarece que a oportunidade de fazer um mestrado ou doutorado não se restringe apenas ao corpo docente da Funorte.



INTERAÇÃO



Sobre a finalidade dessa parceria envolvendo uma universidade de um país como Portugal e uma instituição de ensino superior no Brasil, mais precisamente no Norte de Minas, o catedrático em Psicologia diz que o objetivo é conseguir alargar os laços de interação entre essas duas instituições e, sobretudo, partilhar uma filosofia que ambas têm, que é a de contribuir para o bem estar da comunidade. Ele conta que o Brasil tem coisas essencialmente boas e que também é a 17ª potência mundial em investigação científica. Segundo ele, o país conta com uma organização que regulamenta a qualidade de ensino no Brasil, o que, para ele, é um modelo a ser seguido.



DESEQUILÍBRIOS



O professor José Vasconcelos critica o desequilíbrio que predomina no Brasil no que se refere ao modelo educacional. Ele especifica esse desequilíbrio na filosofia de gestão dos recursos humanos por parte dos dirigentes do ensino superior. Esclarece que o professor que leciona em mais de uma instituição de ensino superior é um professor Turbo. Explica que esse tipo de profissional não produz cientificamente muito para a instituição, o que, para ele, é negativo:



– Em algum momento da história há de emergir uma classe política que exerça maior controle e que se comprometa com o desequilíbrio na distribuição da riqueza no país. Que melhore ainda o salário da classe trabalhadora em geral, e que, no caso do ensino superior, possa também haver uma melhora nas condições de trabalho do professor.

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