Samuel Nunes


Repórter

A técnica em enfermagem do banco de leite do hospital Aroldo Tourinho, Edna Dias Fonseca, faz um apelo à população no sentindo de que colabore de alguma forma com o importante trabalho social realizado pelo hospital há mais de 13 anos. Revela que as dificuldades ao longo deste período, foram e são muitas, mas que a chance de salvar vidas é o que impulsiona todos a continuarem com a ação que atende não somente Montes Claros, mas a vários municípios do Norte de Minas.

Explica que o hospital dispõe de apenas seis doadoras no banco de leite, entretanto, mesmo em meio às dificuldades no último mês foi possível atender 21 crianças na maternidade do Aroldo Tourinho.

- Nos últimos seis meses o nosso número de doadoras foi o citado acima, o desejo é que venhamos a ter em um futuro breve maior número de doadoras - diz.

Edna Dias Fonseca revela que para disponibilizar um atendimento capaz de beneficiar mais crianças, seria necessário ter pelo menos 30 doadoras permanentes.

CIDADES

Edna Dias Fonseca, que também é responsável pela coleta e distribuição do leite, frisa que Deus realiza um milagre no banco de leite do hospital Aroldo Tourinho diariamente.

- É importante que mais mulheres que estejam amamentando possam se oferecer para doar o seu leite, pois além de atendermos o município, também atendemos crianças de várias cidades da região como, por exemplo, Januária, Pirapora, Bocaiúva e Coração de Jesus. 

Ela explica que o leite, depois de pasteurizado, pode ficar guardado por até seis meses em um congelador.

Precisamos de mais doadoras, pois a demanda que atendemos é considerável. O atendimento pode ser feito na casa da doadora, levamos inclusive os vasilhames. Interessadas podem ligar para o banco de leite, telefone- 2101- 4062- 2101-4056.

REDUÇÃO DA MORTALIDADE

O gesto de doar leite humano contribui para a redução da mortalidade infantil e para a melhoria da qualidade de vida dos bebês beneficiados, aqueles que necessitam do leite para sobreviver e cujas mães não conseguem amamentar ou não têm leite suficiente para atender às necessidades dos filhos.

Segundo dados do ministério da Saúde, atualmente no Brasil 75.364 mulheres doam 122.261 litros de leite humano, contemplando 109.175 bebês, anualmente, em média, tomando por base dados do período de 2003 a 2005.

O ministério da Saúde recomenda que o leite materno seja o único alimento ingerido pelo bebê nos primeiros meses de vida, nem mesmo água ou chás devem ser oferecidos às crianças neste período. Amamentar no peito significa proteger a saúde do bebê contra doenças como diarréias, distúrbios respiratórios, otites e infecções urinárias, pois no leite há nutrientes, substâncias e células maternas que funcionam como anticorpos contra infecções.